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Henrique Meirelles ganha força para comandar a economia em eventual governo Lula

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A bolsa de apostas sobre quem vai comandar a economia em eventual governo Lula ganhou fôlego após as últimas falas e aparições do ex-presidente do Banco Central na gestão do petista e ex-ministro da Fazenda no governo Michel Temer, Henrique Meirelles.

Chama a atenção de petistas que Meirelles tenha realinhado o discurso. Em meados de setembro, quando abriu o voto em Lula, Meirelles defendia a preservação da regra do teto de gastos, que foi elaborada justamente durante a sua gestão como ministro da Fazenda do presidente Michel Temer.

Na época, disse que haveria um rombo de R$ 60 bilhões no Orçamento do próximo ano, o primeiro do futuro presidente. Nos últimos dias, porém, ele saiu em defesa dos pontos de vista do candidato do PT.

Henrique Meirelles assumiu publicamente a projeção de rombo na casa de R$ 400 bilhões no Orçamento de 2023 e passou a defender que, por isso, seria prudente suspensão do teto de gastos no início do próximo governo.

Na campanha marcada por ataques entre os candidatos, foco em religião e discussões a respeito de temas comportamentais, os programas dos dois concorrentes à Presidência ficaram em segundo plano. Mas é possível ver semelhanças e diferenças entre as principais propostas do presidente Jair Bolsonaro (PL) e do ex-presidente Lula (PT).

Uma aproximação entre elas se dá em um aspecto da política fiscal: tanto Bolsonaro quanto Lula devem alterar o teto de gastos, instituído em 2016, para acomodar o custo das promessas eleitorais. No entanto, não há, nos dois casos, programas de governo consistentes e detalhados apresentados pelas respectivas campanhas.

O investidor começa a mostrar mais claramente onde vê diferenças – e preocupações – entre os dois candidatos, a quatro dias da eleição do segundo turno, após uma campanha recebida com tranquilidade pelo mercado financeiro.

Para o ex-secretário do Tesouro no primeiro mandato de Lula e que hoje atua no mercado financeiro, Carlos Kawall, nem Lula (PT), nem Bolsonaro (PL) representam risco de ruptura do ponto de vista fiscal. Mas há incertezas em relação aos dois, sobre quem será vencedor e oferecer respostas rápidas, sob o risco de ver reação negativa por parte dos ativos financeiros.

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