Haddad sugere união internacional para taxar super-ricos

No G20, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sugeriu, nesta quarta-feira (28), que os países de todo o mundo se unam para taxar os super-ricos. Ainda, de acordo com o chefe da pasta, é preciso fazer com que os bilionários do mundo paguem a sua justa contribuição em impostos.

Foto: divulgação/Ministério da Fazenda

– Além de buscar avançar as negociações em andamento na OCDE [Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico] e ONU [Organização das Nações Unidas], acreditamos que uma tributação mínima global sobre a riqueza poderá constituir um terceiro pilar da cooperação tributária internacional – defendeu Haddad.

As falas ocorreram na 1ª Reunião de Ministros de Finanças e Presidentes de Bancos Centrais da Trilha de Finanças do G20.

Mudanças climáticas no G20

Além disso, Haddad fez apontamentos sobre o enfrentamento à desigualdade e às mudanças climáticas como os principais desafios a serem enfrentados, de forma conjunta, pelo G20.

– Precisamos entender a mudança climática e a pobreza como desafios verdadeiramente globais, a serem enfrentados por meio de uma nova globalização socioambiental – explicou Haddad.

 

Amazônia – Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Ainda, para ele a desigualdade social deve estar no centro das análises, bem como dos planejamentos econômicos.

– Acreditamos que a desigualdade não deve ser apenas tratada como uma preocupação social, um mero corolário da política econômica. A nossa política é centrar a desigualdade como uma variável fundamental para análise de políticas econômicas. Queremos desenvolver as ferramentas analíticas mais adequadas para isso – enfatizou Haddad.

Abismo dos super-ricos

De acordo com o ministro, o abismo que separa os super-ricos das populações mais pobres também está relacionado à questão climática.

– Chegamos a uma situação insustentável em que o 1% mais rico detém 43% dos ativos financeiros mundiais e emitem a mesma quantidade de carbono que os dois terços mais pobres da humanidade – explicou Haddad.

Para ele, a crise climática ganhou força, tornando-se uma verdadeira emergência. Além disso, países mais pobres devem arcar com custos ambientais e econômicos crescentes, ao mesmo tempo que veem suas exportações ameaçadas por uma crescente onda protecionista.

 

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