O ministro da Economia, Paulo Guedes, trabalha em um plano para refundar a legislação sobre as contas públicas do país, caso o presidente Jair Bolsonaro seja reeleito no dia 30 e ele continue à frente do ministério. O ministro mudou o tom de seu discurso e não tem poupado críticas às administrações do PT no passado.
Ontem, quarta-feira (19), em evento do setor portuário, Paulo Guedes criticou o legado petista sobre economia e educação. Disse que o PT tenta vender uma “versão colorida” do passado, “com picanha e cerveja”. A intenção do ministro é reformular o teto de gastos e segurar o crescimento de despesas que pressionam o Orçamento. Entre elas, estão a desindexação do salário mínimo e a desvinculação dos benefícios previdenciários atrelados a esse salário.
Esta proposta deve ser oficializada em caso de vitória de Bolsonaro no dia 30, embora o ministro diga tratar-se de um legado seu. O governo enviaria uma Proposta de Emenda da Constituição após a definição do resultado das urnas na votação do segundo turno, no dia 30 deste mês.
A permanência de Guedes em eventual segundo mandato do presidente Jair Bolsonaro, afirmam técnicos na Esplanada, estaria condicionada à disposição do Palácio do Planalto de abraçar os planos para o que ele chama de “novo marco fiscal”.
A proposta é vista pelo ministro como reforço ao chamado tripé macroeconômico — câmbio flutuante, metas de inflação e metas fiscais. Uma das principais medidas em estudo é a desindexação do salário mínimo e dos benefícios previdenciários.
Bolsonaro já declarou anteriormente que, se quiser, o ministro permanecerá ne equipe ministerial na hipótese de sua reeleição.