Nathalia Maciel O Governo Federal apresentou, nesta terça-feira (6), um aumento de 30% no total de recursos públicos investidos na infraestrutura dos corredores do agro. Os quais, são rodovias e ferrovias usadas para exportação dos principais produtos do agronegócio brasileiro. De um total de R$ 3,6 bilhões investidos em 2023, o governo prevê investir R$ 4,7 bilhões neste ano. De acordo o Ministério dos Transportes, em 2022, foi investido R$ 1,9 bilhão nos corredores do agro.
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– O teto de gastos transformou o Brasil no país que menos investiu entre todas as economias relevantes. Se investe pouco, obviamente a infraestrutura piora. Agora ela está voltando a melhorar, mas ainda está recuperando um passivo desses últimos anos – afirmou o ministro dos Transportes, Renan Filho.
Foto: Lula Marques / Agência Brasil
Obras nos corredores do agro
Formado em 2016, durante o governo de Michel Temer, o teto de gastos limitou o aumento das despesas públicas à variação da inflação. Contudo, em 2023, o mecanismo foi substituído pelo novo arcabouço fiscal, que limitou os gastos à variação da receita do governo. Isso possibilitou aumentar despesas quando há aumento de arrecadação.
Desse modo, o pacote de investimentos anunciado prevê 60 obras consideradas estruturantes, sendo R$ 2,66 bilhões para a infraestrutura do Arco Norte e R$ 2,05 bilhões para o Arco Sul/Sudeste. Contudo, entre as obras, estão previstas a retomada dos investimentos públicos na ferrovia Transnordestina, em Pernambuco, e das ferrovias FIOL 1 e 2 e a FICO, ligando Ilhéus, no litoral baiano, até Lucas do Rio Verde (MT).
Leilões
Além dos investimentos públicos diretos em infraestrutura, o governo prevê realizar 13 leilões para concessões de estradas e pontes. Isso com a expectativa de investimentos de R$ 122 bilhões de reais. Desse total, R$ 95 bilhões estariam relacionados aos corredores do agronegócio.
Foto: Reprodução/Governo de Goiás
– Atrair o capital privado ajuda de duas maneiras: primeiro que quem paga deseja pagar para ter uma boa estrada. Ele não está reclamando desse ambiente. Lógico que é pagar uma tarifa justa dentro da realidade mercadológica da região e, por outro lado, não há recurso público disponível no Brasil no horizonte de médio prazo pelas restrições fiscais – defendeu o ministro dos Transportes, Renan Filho.
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Além disso, entre os leilões previstos, estão o da concessão da BR 262, de Minas Gerais, da BR 040, entre Minas Gerais e Goiás, e das BRs 070, 174, 364 entre Mato Grosso e Rondônia.
