O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que Lula marcou para esta sexta uma reunião para analisar detalhes da proposta do arcabouço fiscal, preparado pelo ministério. O governo pretende enviar ao Congresso projeto de lei complementar com a nova proposta.
Para ser aprovado, o novo modelo precisa de maioria simples dos votos dos deputados e senadores. Isso facilita as negociações no Congresso, onde o governo dispõe de uma base frágil. O Orçamento de 2023 prevê um déficit primário de R$ 231 bilhões.
Haddad afirma que, com medidas anunciadas no começo do ano, é possível diminuir o rombo para a casa dos R$ 100 bilhões. Nos planos da equipe econômica, o fim do déficit viria somente no ano que vem, conforme o próprio ministro já afirmou mais de uma vez.
Lula prometeu a divulgação da proposta do novo arcabouço fiscal para o país, que substituirá o teto de gastos, antes de sua viagem à China, marcada para o fim da semana que vem. O presidente disse ter conversado com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre o tema, mas afirmou não ter visto o projeto em detalhes.
“Tive uma conversa com o Haddad, e ele ficou de aprontar. Quando ele aprontar, eu vou ver. Assim que eu vir, logo vocês vão ver. E assim que for aprovado por mim, os jornalistas serão as segundas pessoas a saberem do arcabouço”, disse.
“Deve ser antes [da viagem à China], até porque o Haddad vai viajar comigo. Vocês saberão”. O aval de Lula à proposta é a última etapa antes que as novas regras sejam anunciadas oficialmente e enviadas ao Congresso. O arcabouço só entra em vigor se for aprovadas pelo Legislativo e sancionado, depois, por Lula.