As exportações brasileiras em 2020 foram impulsionadas pela evolução das vendas de produtos básicos. Segundo pesquisa do Banco Central (BC), os maiores destaques no ano marcado pela pandemia da COVID-19 foram a soja, que registrou um aumento na quantidade exportada, e o minério de ferro, que apresentou melhora nos preços. O reforço na exportação do café em fevereiro de 2021 também é destaque.
Por outro lado, as exportações de produtos manufaturados registraram queda. Isso se deu pela desaceleração econômica mundial pela disseminação do novo coronavírus. A pesquisa do BC foi divulgada na quinta-feira (4). Segundo a análise, os resultados regionais estão alinhados com os resultados da atividade econômica, que cresceram no Norte e Centro-Oeste, e apresentaram queda no Sul, Sudeste e Nordeste.
De acordo com o BC, as exportações apresentaram relativa resiliência, de maneira notável por conta do bom desempenho dos produtos básicos. O estudo destaca a venda da soja, em especial nas regiões Centro-Oeste e Sudeste. O comportamento foi impulsionado pela safra recorde em 2020 e pela forte demanda internacional.
As vendas externas do minério de ferro brasileiro, concentrado na região Norte do país, teve crescimento significativo, o que repercutiu na ampliação dos preços internacionais da commodity. Outro destaque foi a participação da China, que é o principal mercado internacional do Brasil. A venda do minério de ferro na China passou de 59,6% em 2019, para 71,8% em 2020.
Exportação de Café
Outro destaque, desta vez indicado pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia, foi a exportação total de café pelo Brasil. No mês de fevereiro de 2021, a venda ao exterior alcançou 198,9 mil toneladas. O número corresponde a um aumento de 13,2% em comparação com o mesmo mês em 2020, quando foram embarcadas 175,7 mil toneladas. Em termos de receita cambial, foi registrado um acréscimo de 7,7% entre os dois períodos, de cerca de US$ 421,3 milhões para US$ 453,7 milhões.