Para o diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL), Litti Dahmer, uma paralisação de caminhoneiros em grande escala é improvável nesse momento. Ele relata que as empresas de transporte, em sua maioria, tem aceitado elevar o preço do frete para cobrir o aumento no preço do diesel. Assim, ainda que haja impacto na inflação, o peso do preço do reajuste do combustível sobre os caminhoneiros acaba sendo menor.
“A grande maioria dos caminhoneiros conseguiu renegociar o frete. O que falta ainda é que a agência reguladora, a ANTT, refaça o cálculo do piso mínimo. Na lei está previsto um gatilho para reajustar o valor”, declarou.
Contudo, Litti destaca que a renegociação não atingiu a todos. Ele cita o exemplo da Bahia, onde caminhoneiros sentiram mais dificuldade nas tratativas com as empresas, o que levou aos protestos da última semana.
A própria Confederação Nacional do Transporte (CNT), que representa as principais empresas do setor, deve se reunir hoje com entidades regionais para tratar do assunto. Em nota, a CNT disse que “defende a necessidade da recomposição imediata do preço do frete rodoviário em razão do reajuste anunciado pela Petrobras”.