Nesta segunda-feira (24), o AliExpress anunciou uma parceria estratégica com o Magazine Luiza para vender produtos da linha “Choice” no Brasil, através do marketplace do Magalu. Essa linha inclui produtos com “o melhor custo-benefício e velocidade de entrega”, segundo comunicado enviado ao mercado.
A expectativa é que a parceria comece no terceiro trimestre de 2024, embora as negociações tenham iniciado no ano passado. Os produtos disponíveis incluirão itens de cauda longa, como produtos de beleza, eletrônicos e de escritório.
Além disso, o Magazine Luiza também anunciou que distribuirá seus produtos 1P, que são vendidos diretamente ao consumidor final pelo e-commerce, em todo o Brasil através da plataforma do AliExpress Brasil. Inicialmente, serão vendidos itens das categorias de bens duráveis, utilizando a rede logística já estabelecida para fortalecer as vendas com estoque próprio.
Para o Magazine Luiza, a parceria oferece acesso a uma maior diversidade de acessórios de informática, produtos de moda, ferramentas e itens para bebês. Sendo assim, a “fusão” promete potencializar duas das maiores audiências do e-commerce brasileiro, que juntas somam mais de 700 milhões de visitas mensais.
Chance de sair da crise
No entanto, apesar da parceria parecer um bom negócio, especialistas não sabem dizer se será o suficiente para reerguer as finanças da gigante varejista brasileira. Apesar de lucrativo recentemente, o Magazine Luiza teve prejuízo de R$ 550,1 mi em 2023, mais que os R$ 372,1 mi de 2022. A dívida total da empresa também cresceu, alcançando R$ 7,4 bilhões, com 40% vencendo a curto prazo.
Além disso, as lojas físicas do varejistas enfrentaram uma queda de 8% nas vendas no último trimestre de 2023, impactadas com o período da Copa do Mundo de 2022, que foi mais forte em vendas. Apesar disso, as vendas totais permaneceram estáveis ano a ano.
Para enfrentar os desafios financeiros, em janeiro deste ano, a família Trajano e o banco BTG realizaram uma injeção de R$ 1,25 bilhão na companhia por meio de um aumento de capital. Essa operação foi parte dos esforços para reestruturar as finanças da empresa e fortalecer a posição no mercado varejista.