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Desoneração da folha: Lula defende contrapartida para manter medida

o presidente afirmou que a ação no STF surgiu para promover o diálogo e a negociação em torno da desoneração da folha

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O presidente Lula (PT) defendeu a necessidade de uma contrapartida para manter a desoneração da folha de pagamentos para os 17 setores da economia. De acordo com Lula, a medida não garante aumento de salário, criação de empregos e estabilidade na empresa. A fala ocorreu, nesta terça-feira (7), durante entrevista ao Bom Dia, Presidente.

Lula concede entrevista ao Bom Dia, Presidente e dá detalhes sobre a negociação da desoneração da folha.

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

– Só a desoneração do jeito que eles querem é só para aumentar o lucro. E nós queremos que tenha contrapartida. Eu falei isso com o presidente do Senado nesta semana, é importante que tenha contrapartida. Eu quero desoneração para quê? Só para aumentar meu lucro? Ou eu quero desoneração para aumentar o salário do trabalhador e para manter a estabilidade dos trabalhadores? – disse o presidente.

Lula afirmou ainda que a ação no Supremo Tribunal Federal (STF) surgiu para promover o diálogo e a negociação em relação ao tema. Além disso, o objetivo da judicialização é para que os empresários detalhem quais ações eles farão com os benefícios da desoneração.

– Toda a vez que o Estado toma a decisão de não arrecadar um tributo, ele precisa saber o que vai compensar aquele tributo. Nós não queremos deixar de negociar. É importante lembrar que a suspensão, que nós conseguimos na liminar, é para chamar os empresários para a mesa de negociação – concluiu.

Pacheco demonstra otimismo sobre a desoneração da folha

Por outro lado, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), avaliou como positiva a conversa com o presidente Lula sobre a desoneração da folha de pagamentos para 17 setores da economia e para municípios.  De acordo com Pacheco, Lula informou que o tema voltou a ser negociado dentro do ministério da Casa Civil e do ministério da Fazenda.

O presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e ministro Fernando Haddad (PT), da Fazenda, discordam em pontos da desoneração da folha.

Pacheco e Haddad – Foto: Pedro Gontijo/Senado Federal

Ele também disse que o prazo é curto, pois é necessário chegar a um acordo até o dia 20 de maio. No entanto, o senador mostrou otimismo para chegar a um meio termo com o governo em relação ao tema nos próximos dias. Pacheco defendeu ainda que uma estruturação para os setores beneficiados com a desoneração.

O presidente do Congresso concedeu uma entrevista à GloboNews, no programa Em Ponto, nesta terça-feira.

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