Carolina Militao O Banco Central, por meio do Comitê de Política Monetária (Copom), inicia, nesta terça-feira (30), a última reunião do ano para definir a Selic. De acordo com o boletim Focus, a expectativa é que a taxa básica de juros diminua para 11,25% ao ano. Assim, o anúncio ocorrerá nesta quarta-feira (31). Atualmente, a Selic é de 11,75%.
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Este deverá ser o quarto corte desde agosto, quando a autoridade monetária interrompeu o ciclo de aperto monetário (juros que desestimulam a economia). Após sucessivas quedas no fim do primeiro semestre, a inflação voltou a subir na segunda metade do ano, mas essa alta era esperada por economistas.
Taxa utilizada por equipe econômica é maior que inflação divulgada pelo IBGE. Foto: Freepik
Os membros do Copom já previam cortes de 0,5 ponto percentual nas reuniões do segundo semestre. Na ata do último encontro, em dezembro, o órgão manteve a avaliação de que esse é o ritmo adequado para manter a política monetária contracionista necessária para controlar a inflação. Ou seja, juros que desestimulam a economia. De acordo com o BC, o momento dependerá do comportamento da inflação no primeiro semestre de 2024.
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Para este ano, no entanto, a estimativa dos analistas é que as reduções continuem ocorrendo. Nesse sentido, espera-se que a Selic encerre em 9,25% ao ano. Já para o fim de 2025 e de 2026, a previsão é de 8,5% ao ano.
Taxa Selic
A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic). Além disso, é referência para as demais taxas da economia. Ela é o principal instrumento do Banco Central para manter a inflação sob controle.
Selic é o principal instrumento para manter a inflação sob controle – Foto: Raphael Ribeiro/BCB
Ao reduzir a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.
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O Copom se reúne a cada 45 dias para definir a taxa básica de juros. No primeiro dia do encontro, são feitas apresentações técnicas sobre a evolução e as perspectivas das economias brasileira e mundial e o comportamento do mercado financeiro. Já no segundo, os membros do Copom, formado pela diretoria do BC, analisam as possibilidades e definem a Selic.
