As contas públicas do Brasil – que engloba União, Estados, municípios e estatais – registrou um superávit primário de R$ 6,7 bilhões em abril de 2024. Este resultado, divulgado pelo Banco Central (BC), nesta quarta-feira (29), é o pior para o mês de abril desde 2020. Comparado a abril de 2023, quando o superávit primário foi de R$ 20,3 bilhões, houve uma queda de 67,1%.
No detalhamento dos números, o governo central conseguiu um superávit primário de R$ 8,8 bilhões. Enquanto os governos regionais e estatais apresentaram déficit primário de R$ 1,4 bilhão e R$ 698 milhões, respectivamente. O resultado primário é a diferença entre receitas e despesas. Contudo, exclui o pagamento de juros da dívida pública. No acumulado dos últimos 12 meses, o setor público consolidado teve um déficit primário de R$ 266,5 bilhões, equivalente a 2,40% do Produto Interno Bruto (PIB).
O aumento do rombo nas contas públicas do Brasil é notável quando comparado a março de 2024, quando o déficit era de R$ 252,7 bilhões. Em abril de 2023, o país registrava um superávit primário de R$ 56,2 bilhões no acumulado de 12 meses. Isso indica uma deterioração significativa nas finanças públicas ao longo do último ano.
Além do resultado primário, o país também registrou um déficit nominal de R$ 69,6 bilhões em abril de 2024, o pior para o mês desde 2020. O déficit nominal inclui o pagamento dos juros da dívida, diferentemente do saldo primário. No acumulado de 12 meses, o setor público consolidado teve um déficit nominal de R$ 1,042 trilhões, correspondente a 9,41% do PIB, comparado a um saldo negativo de R$ 998,6 bilhões em março.