O impacto do resultado das contas públicas – Análise

Foto: Divulgação/Tesouro Nacional

Dados divulgados pela Secretaria de Tesouro Nacional revelaram que o governo registrou um déficit primário de R$ 230,5 bilhões em 2023, o que equivale a 2,1% do PIB. Este foi o pior resultado registrado nas contas públicas desde 2020.

O Tesouro informou que o resultado nas contas públicas foi impactado pelo pagamento de precatórios. No ano passado, foram pagos cerca de R$ 92,4 bilhões. De acordo com o Tesouro, sem considerar o pagamento extraordinário das dívidas judiciais, o déficit do governo no ano passado seria de R$ 138 bilhões.

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Apesar da preocupação que o resultado das contas públicas provocou entre os agentes econômicos, o impacto político desse resultado tende a ser limitado.

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Mesmo que a oposição, principalmente nas redes sociais, esteja explorando o assunto para criticar a gestão do governo na economia, é positiva a sensação que a população tem sobre a situação econômica.

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Selic

Na semana passada, a Pnad Contínua apontou que a taxa de desemprego caiu 7,8% em 2023. Portanto, é o menor patamar desde 2014. O Banco Central voltou a reduzir a taxa de juros em 0,5 ponto percentual, indicando novos cortes nas próximas reuniões do Copom. Além disso, outro aspecto positivo para o governo é que o mercado está projetando uma redução da inflação. E o Fundo Monetário Internacional (FMI) elevou a projeção de crescimento do PIB do país de 1,5% para 1,7%.

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Desafios fiscais

Embora o Ministério da Fazenda continue tendo desafios fiscais pela frente, a queda do desemprego, dos juros e da inflação e a melhora dos indicadores de crescimento econômico são percebidas no dia a dia da população.

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Esse ambiente repercute positivamente na popularidade do presidente Lula (PT). De acordo com a pesquisa do PoderData, divulgada na semana passada, a aprovação do presidente é de 49%. Nesse sentido, superando a desaprovação, que é de 42%. O clima econômico, ao lado das políticas sociais, sustenta um apoio consistente a Lula entre segmentos estratégicos, como as mulheres, a população com renda de até dois salários mínimos, bem como os habitantes da Região Nordeste.

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