As contas externas do Brasil apresentaram um déficit de US$ 4,6 bilhões de dólares em março de 2024, marcando o maior saldo negativo para o mês desde 2021. Os dados foram divulgados pelo Banco Central, nesta quinta-feira (2), e mostram uma tendência de déficit crescente nas transações correntes do país.
O relatório analisa mensalmente as transações correntes do Brasil, incluindo a balança comercial. Além disso, serviços adquiridos por brasileiros no exterior e a renda primária (juros, lucros e dividendos enviados para outros países). O superávit, receitas realizadas são maiores do que as despesas, da balança comercial de bens foi de US$ 5,1 bilhões em março de 2024. Portanto, representando uma queda significativa de 44,8% em comparação com o mesmo mês do ano anterior. Lá as exportações totalizaram US$ 28,4 bilhões, com queda de 14%, enquanto as importações somaram US$ 23,4 bilhões, uma redução de apenas 1,9%.
Déficit nas contas externas
O déficit na conta de serviços foi de US$ 3,7 bilhões em março de 2024. Portanto, houve um aumento de 21,4% em relação ao mesmo mês de 2023. Além disso, a renda primária apresentou um déficit de US$ 6,0 bilhões, refletindo um crescimento de 6,8% em comparação com o déficit de US$ 5,6 bilhões registrado em março do ano passado. No acumulado de 12 meses até março de 2024, as contas externas registraram um déficit de US$ 32,6 bilhões, equivalente a 1,46% do Produto Interno Bruto (PIB).
No primeiro trimestre de 2024, o saldo negativo das contas externas foi de US$ 14,4 bilhões, o maior déficit para o período desde 2021. Em relação ao mesmo período de 2023, o déficit aumentou 14,1%. Apesar do cenário de déficit nas contas externas, o Investimento Direto no País (IDP) somou US$ 9,6 bilhões em março de 2024, o maior valor para o mês desde 2012, quando somou US$ 15,0 bilhões. Esses dados ressaltam a importância de monitorar as transações correntes e as entradas de capital para compreender as tendências econômicas do Brasil.