Com alta do dólar, Banco Central anuncia leilão da moeda americana

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O Banco Central (BC) anunciou, nesta terça-feira (2), que realizará um leilão adicional de “swap cambial”. Esta ação implica na venda de dólares no mercado futuro, sem utilizar as reservas de moeda estrangeira do país. A medida representa uma intervenção indireta no mercado de câmbio, sendo a primeira do governo Lula (PT).

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O anúncio ocorreu, nessa segunda-feira (1º), quando o dólar chegou a ser cotado por R$ 5,06. Embora os contratos de “swap” sejam negociados no mercado futuro, eles exercem influência sobre a cotação do dólar no mercado à vista. Portanto, o objetivo é evitar grandes variações no mercado de câmbio, uma estratégia utilizada pelo Banco Central para estabilizar a moeda.

De acordo com o BC, essa medida se torna crucial devido aos efeitos do resgate dos títulos do Tesouro Nacional, subsérie A3 (NTN-A3). O leilão está previsto para 15 de abril. A alta demanda por dólares associada a esse resgate pode pressionar a cotação da moeda. Por isso, a importância da intervenção do Banco Central para controlar essa volatilidade.

Como funciona o leilão após alta do dólar?

No leilão, o BC estabelece o volume de contratos e a taxa de swap, enquanto os participantes do mercado, como bancos e instituições financeiras, oferecem lances com base nesses parâmetros.

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Os contratos têm uma data de vencimento já predeterminada, quando as partes realizam o ajuste financeiro com base na variação da taxa de câmbio e das taxas de juros envolvidas.

Contudo, se houver a desvalorização do real em relação ao dólar, o Banco Central paga a diferença aos detentores dos contratos, enquanto em caso de valorização do real, são os detentores dos contratos que pagam a diferença ao BC. Essa dinâmica contribui para a estabilidade do mercado cambial brasileiro.

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