A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou que aguarda aumento da concorrência nos serviços de produção, transporte e distribuição de gás natural, o que levaria à queda do preço do produto em decorrência da diversificação da produção – que não ficaria mais monopolizada pela Petrobras.
Com o gás natural mais barato, haverá, segundo a CNI, mais possibilidade de consumo de energia, resultando em mais investimentos da indústria e alavancando a economia. Segundo Juliana Falcão, economista e especialista em energia da CNI, reduzindo-se o preço em até 50% será possível atingir R$ 250 bilhões de investimentos até 2030. Para isso, será necessário reavaliar o quadro de gastos das atividades industriais que fazem maior uso do gás natural como siderurgia, alumínio, química, vidro e cerâmica, os quais, somados, detêm cerca de 80% do consumo do combustível fornecido no Brasil.
De acordo ainda com o estudo divulgado na última quinta-feira (25) pela CNI, sem essa queda do preço, empresas nacionais perdem competitividade tanto no mercado interno quanto no mercado estrangeiro, fato que começou a ocorrer em 2007. No entanto, com as novas perspectivas mercadológicas, criadas a partir das iniciativas tomadas pelo Governo Federal, a exemplo do marco legal em discussão no Congresso Nacional e o programa de incentivo ao mercado de gás no Brasil, anunciado em 2019, um novo horizonte se desenha no oferecimento desse insumo.