A disputa entre Brasil e China pela primazia de parceria comercial com a Argentina segue bem acirrada e, no mês de agosto, foi a vez do comércio brasileiro se sobressair frente ao gigante asiático, que era o vencedor da disputa até o mês de julho.
Segundo dados do Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec), órgão vinculado ao Ministério da Economia e Finanças Públicas da Argentina, as exportações brasileiras para seu colega de Mercosul somaram US$ 777 milhões, ao passo que as exportações chinesas fizeram somente R$ 604 milhões. Junto dos dois, completam o top 10 de parceiros comerciais da Argentina em agosto de 2020 Estados Unidos, Vietnã, Chile, Paraguai, Índia e Alemanha.
Já na retribuição comercial, o sinal é vermelho para a Argentina: as exportações portenhas para o Brasil caíram 24,2% e somaram US$ 646 milhões, proporcionando, assim, superávit de US$ 131 milhões para o Brasil; já na relação com a China, as vendas argentinas recuaram 10,8%, somando US$ 604 milhões.
Além disso, a Argentina conseguiu: aumentar suas exportações para EUA, Vietnã, Chile e Alemanha; diminuir as exportações para Paraguai e Índia; vender 58,2% do total de suas exportações para Brasil, China, EUA, Vietnã, Chile, Peru, índia, Países Baixos, Coreia do Sul e Espanha; e concentrar 72,8% de suas compras no exterior em países como Brasil, China, EUA, Paraguai, Alemanha, México, Bolívia, Vietnã, Itália e França.
O setor mais rentável da pauta exportadora da Argentina foi a manufatura de origem do setor agropecuário, que teve participação de 37,2%, seguido por produtos primários (33,6%), manufaturas de origem industrial (25,1%) e combustíveis e geração de energia (40%). Já no quesito importações, os intermediários representaram 41,3%, seguidos por bens de capital (16,6%), peças e acessórios para bens de capital (15,9%), bens de consumo (14,2%), combustíveis e lubrificantes (6,9%), e veículos de passageiros (4,1%).