O Brasil pagou, em 2023, R$4,6 bilhões em compromissos financeiros e dívidas com instituições internacionais. Os valores incluem contribuições regulares a organismos internacionais, integralizações de cotas de bancos multilaterais e recomposições de fundos internacionais. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (4) pelo governo federal.
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Para reforçar o compromisso com o multilateralismo, o Brasil pagou integralmente a contribuição ao orçamento regular da Organização das Nações Unidas (ONU), no valor aproximado de R$289 milhões. O país também quitou os passivos de R$1,1 bilhão referentes a missões de paz.
Regionalmente, houve regularização dos aportes para fundos no âmbito do Mercosul e pagamento de dívida com a Associação Latino-Americana de Integração (ALADI).
Meio ambiente e mudança do clima — outro segmento importante para o Governo Federal — também receberam recursos para pagamento de dívidas, como as contribuições relativas à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) e ao Protocolo de Quioto.
Com isso, o Brasil chegou ao final de 2023 em dia com suas obrigações financeiras com organismos como a Organização dos Estados Americanos (OEA), a Organização Mundial do Comércio (OMC), a Organização Internacional do Trabalho (OIT), a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), entre outros.
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Para o próximo ano, o Projeto da Lei Orçamentária Anual para 2024 reclassifica como obrigatórias as despesas referentes a contribuições e a primeiras rodadas de integralizações a bancos multilaterais de desenvolvimento. Assim, a expectativa é evitar o acúmulo futuro de passivos com organismos internacionais.