O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) chegou a marca de R$ 65 bilhões de reais de investimentos em micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) em 2023. Parte dos recursos obtidos foram impulsionados pelo Fundo Garantidor para Investimentos (FGI).
De acordo com o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, “uma das prioridades que o presidente Lula deu ao BNDES era aumentar o peso relativo das micro, pequenas e médias empresas nos desembolsos do Banco. Nós anunciamos a meta de R$ 65 bilhões, que era bastante ambiciosa para esse ano, mas já cumprimos e vamos chegar além disso em 2023”.
Segundo Aloizio, o BNDES visa aprofundar esse caminho, bem como ampliar ainda mais o olhar para os pequenos negócios. Para ele, o fortalecimento do setor é fundamental, tendo em vista que no Brasil as microempresas representam 29% do Produto Interno Bruto (PIB). “Nós precisamos democratizar a riqueza, gerar mais oportunidades, fortalecer o empreendedorismo, e os micro e pequeno empresários brasileiros”, argumentou
Em 2022, os desembolsos para MPMEs foram cerca de R$ 40 bilhões, segmento que corresponde por cerca de 70% das ocupações formais no país. Com uma maior disponibilidade de crédito, mais empreendedores podem entrar no mercado e ganhar escala, contribuindo assim para tornar o ambiente econômico mais competitivo. Assim como reduzir preços, melhorar a qualidade dos bens e serviços ofertados e promover a inovação.
Fundos de investimentos do BNDES
Leia mais! BNDES investirá até R$ 638,5 milhões em startups e pequenas e médias empresas
No final do mês de setembro, o BNDES fez a seletiva de seis propostas de fundos de investimento em micro, pequenas e médias empresas. Com isso, o Banco investirá até R$ 638,5 milhões, sendo dois fundos de capital semente e quatro fundos de venture capital. A seleção ocorreu por meio de chamada pública promovida pela BNDESPar (braço de ações acionárias do BNDES).
A previsão é de que a iniciativa mobilize, ao todo, até R$ 2,8 bilhões em investimentos. Desse total, até R$ 2,1 bilhões, aproximadamente, serão de capital privado. Isso contribuirá com o fortalecimento do mercado de capitais, o ecossistema de inovação no país, bem como as empresas nascentes de base tecnológica.