Balança comercial: superávit de US$ 1,655 bi na 2ª semana de julho

Foto: Divulgação/Santos

Dados divulgados ontem (13) pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Economia, apontam que a balança comercial brasileira teve superávit de US$ 1,655 bilhão e corrente de comércio de US$ 6,764 bilhões, na segunda semana de julho deste ano, com exportações no valor de US$ 4,21 bilhões e importações de US$ 2,554 bilhões. No ano, as exportações somam US$ 108,638 bilhões e as importações, US$ 83,341 bilhões, com saldo positivo de US$ 25,298 bilhões e corrente de comércio de US$ 191,979 bilhões.

Já na análise do mês, as exportações, ao comparar a média diária até a segunda semana de julho deste ano (US$ 864,85 milhões) com a de julho do ano passado (US$ 876,13 milhões), diminuíram 1,3% por conta da queda nas vendas na indústria extrativa (-2,6%) e de produtos da indústria de transformação (-8,1%). Contudo, nota-se um incremento nas vendas em agropecuária (+18,7%).

Essa baixa nas exportações deve-se, sobretudo, pela redução nas vendas dos seguintes produtos da indústria extrativista: óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (-29,3% ); outros minerais em bruto (-21,4%); outros minérios e concentrados dos metais de base (-12,6%); minérios de alumínio e seus concentrados (-25,7%) e pedra, areia e cascalho (-8,3%). Quanto aos produtos da indústria de transformação, o decréscimo nas exportações ocorreu, em especial, devido a ferro-gusa, spiegel, ferro-esponja, grânulos e pó de ferro ou aço e ferro-ligas (-67,4%); produtos semi-acabados, lingotes e outras formas primárias de ferro ou aço (-50,7%); obras de ferro ou aço e outros artigos de metais comuns (-71,4%); instalações e equipamentos de engenharia civil e construtores, e suas partes (-55,2%) e carnes de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas (-18,6%).

No que diz respeito às importações, a média diária até a segunda semana de julho de deste ano (US$ 493,03 milhões) foi 36,1% inferior à média de julho de 2019 (US$ 772,15 milhões). Nessa comparação, percebe-se uma queda, sobretudo com agropecuária (-15,6%), com produtos da indústria de transformação (-34,7%) e com a indústria extrativista ( -58,9%).

Já essa diminuição nas importações é resultado da redução dos gastos com os seguintes produtos agropecuários: látex, borracha natural, balata, guta-percha, guaiúle, chicle e gomas naturais (-62,0%); trigo e centeio, não moídos (-14,3% ); pescado inteiro vivo, morto ou refrigerado (-42,2%); frutas e nozes não oleaginosas, frescas ou secas (-21,4%) e milho não moído, exceto milho doce (-65,1%). Na indústria de transformação, a baixa das importações é explicada pela queda dos gastos com a compra de óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos, exceto óleos brutos (-74,5%); plataformas, embarcações e outras estruturas flutuantes (-97,4%); obras de ferro ou aço e outros artigos de metais comuns (-40,2%); partes e acessórios dos veículos automotivos (-65,8%) e veículos automóveis de passageiros (-71,9%). Houve ainda um decréscimo nos gastos com as compras dos seguintes produtos da indústria extrativista: óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (-38,2%); carvão, mesmo em pó, mas não aglomerado (-70,6%); gás natural, liquefeito ou não (-100,0%); minérios de cobre e seus concentrados (-100,0%) e outros minérios e concentrados dos metais de base (-75,8%).

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