Dados divulgados nesta segunda-feira (20) pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Economia, dão conta que a balança comercial registrou superávit de US$ 54,52 bilhões no acumulado do ano, até a terceira semana de setembro, com um crescimento de 40,3% pela média diária, sobre o período de janeiro a setembro do último ano. A corrente de comércio, por sua vez, somou US$ 352,30 bilhões, com alta de 36,7%. As exportações este ano chegaram a US$ 203,41 bilhões, uma subida de 37,2%; e as importações aumentaram 36,1%, chegando a US$ 148,89 bilhões.
Já no acumulado do mês, as exportações tiveram um incremento de 38,9% (US$ 14,47 bilhões); e as importações cresceram 60,6% (US$ 12,06 bilhões), gerando um superávit na balança comercial de US$ 2,41 bilhões, com baixa de 17,1%, e a corrente de comércio chegou a US$ 26,53 bilhões, com crescimento de 48%.
Ao longo da terceira semana de setembro, as exportações totalizaram US$ 5,411 bilhões; e as importações, US$ 5,035 bilhões. Desse modo, a balança comercial teve superávit de US$ 376 milhões e a corrente de comércio chegou a US$ 10,446 bilhões.
Quanto às exportações, ao comparar a média diária até a terceira semana deste mês (US$ 1,205 bilhão) com a de setembro do último ano (US$ 867,78 milhões), perceb-es um aumento de 38,9% por conta do incremento nas vendas da indústria extrativista (+31,6%), da indústria de transformação (+45,9%) e da agropecuária (+27,4%).
A indústria extrativista teve, como destaque, a subida das seguintes exportações: vendas de óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (+79,1%); minério de ferro e seus concentrados (+12,9%); outros minerais em bruto (+54,8%); minérios de cobre e seus concentrados (+4,6%) e pedra, areia e cascalho (+28,6%).
A indústria de transformação contou, em especial, com o incremento das seguintes vendas: carne bovina fresca, refrigerada ou congelada (+127,6%); óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos, exceto óleos brutos (+191,4%); produtos semiacabados, lingotes e outras formas primárias de ferro ou aço (+167%); carnes de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas (+77,8%) e ferro-gusa, spiegel, ferro-esponja, grânulos e pó de ferro ou aço e ferro-ligas (+115,7%).
Os produtos agropecuários que se sobressaíram com o crescimento das exportações foram: soja (+85,8%); café não torrado (+15,8%); madeira em bruto (+383,5%); arroz com casca, paddy ou em bruto (+384,9%) e especiarias (+39,5%).
Quanto às importações, a média diária até a terceira semana de setembro deste ano (US$ 1,005 bilhão) foi 60,6% superior à média de setembro de 2021 (US$ 625,71 milhões). Nessa comparação, nota-se uma subida, sobretudo, das compras da indústria de transformação (+54,5%), da agropecuária (+42,5%) e, também, de produtos da indústria extrativista (+272,2%).
Já na indústria de transformação, destaque para o incremento das importações foi puxado pelo crescimento nas compras de adubos ou fertilizantes químicos, exceto fertilizantes brutos (+129,8%); medicamentos e produtos farmacêuticos, exceto veterinários (+264%); óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos, exceto óleos brutos (+75,3%); partes e acessórios dos veículos automotivos (+72,5%) e motores e máquinas não elétricos, e suas partes, exceto motores de pistão e geradores (+130,1%).
A agropecuária registrou uma subida em razão, especialmente, pela compra de milho não moído, exceto milho doce (+361,8%); trigo e centeio, não moídos (+26,7%); pescado inteiro vivo, morto ou refrigerado (+96,8%); látex, borracha natural, balata, guta-percha, guaiúle, chicle e gomas naturais (+143,7%) e soja (+40,9%).
Na indústria extrativista, o incremento foi graças ao aumento nas importações de: gás natural, liquefeito ou não (+606,9%); carvão, mesmo em pó, mas não aglomerado (+183,9%); óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (+243,8%); minérios de cobre e seus concentrados (+140,9%) e outros minérios e concentrados dos metais de base (+238,2%).