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Balança comercial: Superávit aumenta 161% e vai a US$ 2,43 bilhões na 1ª semana de junho 

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Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Economia, apontaram que o Brasil abriu o mês de junho com alta de 161,6% no superávit da balança comercial, que totalizou US$ 2,43 bilhões na primeira semana do mês. Esse resultado deve-se ao incremento de 94,1% nas exportações, que chegaram a US$ 4,85 bilhões; e de 54,5% nas importações, que somaram US$ 2,42 bilhões. Desse modo, a corrente de comércio atingiu US$ 7,27 bilhões, crescendo 78,8% pela média diária, ante junho de 2020.

Esse crescimento no início deste mês levou à uma ampliação do superávit acumulado do ano para US$ 29,55 bilhões até a primeira semana de junho, o que representa um aumento de 55,3%, pela média diária, ante o período de janeiro a junho de 2020. A corrente de comércio acumulada deste ano já totaliza US$ 197,42 bilhões, em alta de 29,1%. Esse resultado representa o montante de US$ 113,49 bilhões em exportações, com alta de 32%, e de US$ 83,94 bilhões nas importações, com aumento de 25,4%. Quanto às exportações, nota-se um aumento de 94,1%, ao comparar a média diária até a primeira semana deste mês (US$ 1,615 bilhão) com a de junho do último ano (US$ 832,33 milhões), puxado pelo incremento nas vendas da indústria extrativista (126,6%), da agropecuária (86,1%) e dos produtos da indústria de transformação (86,3%).

Em relação à indústria extrativista, o crescimento das exportações deve-se sobretudo pelo aumento nas vendas de minério de ferro e seus concentrados (205,3%); minérios de cobre e seus concentrados (162,1%); outros minerais em bruto (175,6%); pedra, areia e cascalho (229,8%) e minérios de alumínio e seus concentrados (4%).

No caso da indústria de transformação, sobressaiu-se o incremento nas vendas de carnes de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas (254,9%); farelos de soja e outros alimentos para animais, excluídos cereais não moídos, farinhas de carnes e outros animais (123,3%); despojos comestíveis de carnes, preparados ou preservados (590,2%); outras carnes comestíveis salgadas, em salmouras, secas ou defumadas (2.847,1%) e instalações e equipamentos de engenharia civil e construtores, e suas partes (413,5%).

No que diz respeito aos produtos agropecuários, o aumento das exportações ocorreu graças ao incremento nas vendas de soja (88,8%); café não torrado (97,7%); algodão em bruto (106,1%); madeira em bruto (1.856%) e frutas e nozes não oleaginosas, frescas ou secas (83,6%).

Quantos às importações, a média diária até a primeira semana de junho deste ano (US$ 807,4 milhões) foi 54,5% superior à média de junho de 2020 (US$ 522,7 milhões). Nessa comparação, subiram, especialmente, as compras da agropecuária (35,7%) e de produtos da indústria de transformação (62%). Contudo, houve uma baixa nas compras de produtos da indústria extrativista (-14,9%).

Por sua vez, a indústria de transformação registrou um crescimento das importações em razão do aumento nas compras de óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos, exceto óleos brutos (312,2%); partes e acessórios dos veículos automotivos (139,9%); adubos ou fertilizantes químicos, exceto fertilizantes brutos (53,9%); válvulas e tubos termiônicos, de cátodo frio ou foto-cátodo, diodos, transistores (62,4%) e cobre (499,5%).

Em relação à agropecuária, o aumento nas importações deve-se, especialmente, pela compra de cacau em bruto ou torrado (375.659,1%); soja (148,3%); pescado inteiro vivo, morto ou refrigerado (169,9%); látex, borracha natural, balata, guta-percha, guaiúle, chicle e gomas naturais (218,3%) e milho não moído, exceto milho doce (1.539,3%).

Recordes

No mês de maio, o Brasil obteve recordes nos números de exportações, importações superávit e corrente de comércio, o que aponta a recuperação da economia nacional e dos principais parceiros comerciais do Brasil. Segundo a Secex, a exportação no mês de maio registrou o recorde de US$ 26,9 bilhões, com crescimento de 46,5% ante maio do ano passado. A importação também contou com aumento significativo, chegando a US$ 17,7 bilhões, com alta de 57,4%.

O saldo comercial, por consequência, também registrou recorde para meses de maio, com US$ 9,3 bilhões, aumentando 29,4% e passando a máxima anterior, de US$ 6,8 bilhões em maio de 2020. Desse modo, a corrente de comércio foi a maior já registrada no mês, crescendo 50,6% e totalizando US$ 44,6 bilhões.

O aumento da exportação no último mês deve-se, sobretudo, ao incremento nas vendas externas das três categorias de produtos – agropecuária (+43%), indústria extrativa (+85,8%) e indústria de transformação (+34,6%) – ante maio do ano passado.

Outros destaques

Foi percebida ainda uma curva ascendente nas importações nos últimos três meses, em relação aos níveis inferiores de 2020 por conta dos efeitos da pandemia. Aumentaram todas as categorias de bens, especialmente na indústria de transformação – que representa 90% das compras externas do país e subiu 56,5%.

No último mês, houve um aumento de exportações para todos os principais destinos, porém, a Argentina sobressaiu-se com um aumento de 172%. Destaque ainda para as vendas para os Estados Unidos, com incremento de 67% em maio, para a China (+33,1%), e para a União Europeia (+21,1%).

Quanto às importações, notou-se um aumento em todas as origens e, novamente, a Argentina se destacou, com alta de 92,9% (US$ 810 milhões). Da China, as compras cresceram 43%; dos Estados Unidos, 48,5%; e da União Europeia, 37,2%.

Perspectivas

Segundo a Secex, há uma expectativa de recuperação da economia global neste ano, com melhora do PIB dos principais parceiros do Brasil, como China, Estados Unidos e Argentina. No cenário interno, acredita-se que a economia vá se ajustando, com incremento do consumo de bens em detrimento de serviços.

Espera-se que, com o avanço da imunização, o setor de serviços se aqueça, pois o que se percebe no momento é um consumo maior de bens, o que implica nesse aumento da demanda por bens importados. Em razão da importação ter tido um desempenho acima do esperado, é  possível que a Secex diminua as previsões de superávit para o ano, ao final do segundo trimestre.

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