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Balança comercial: Novos recordes em novembro e no acumulado do ano

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A balança comercial brasileira iniciou o mês de dezembro com superávit de US$ 1,07 bilhão, em alta de 191,6% ante à média diária de dezembro do ano passado, subindo para US$ 58,13 bilhões o superávit acumulado do ano. As exportações na primeira semana do mês subiram 60,4% (US$ 4,04 bilhões); e as importações 37,9% (US$ 2,96 bilhões). Já a corrente de comércio registrou alta de 50%, totalizando US$ 7 bilhões.

Dados divulgados nesta segunda-feira (6) pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia aponta também que, com os US$ 58,13 bilhões, o superávit atinge um incremento de 25,4% no acumulado de janeiro até a primeira semana de dezembro, o que comprova o aumento de 35,1% das exportações (US$ 260,06 bilhões) e de 38,2% das importações (US$ 201,93 bilhões). Por sua vez, a corrente de comércio somou US$ 461,99 bilhões no período, com alta de 36,5% ante o resultado de janeiro a dezembro do ano passado.

Novos recordes

A balança comercial brasileira atingiu novos recordes e resultados históricos em novembro e no acumulado do ano, com exportações no ano chegando a US$ 256,1 bilhões, o que representa um recorde tanto para períodos de 11 meses quanto para anos fechados. O saldo comercial somou US$ 57,2 bilhões também no maior superávit em 11 meses e em anos fechados; e a corrente de comércio registrou o maior montante para o período de janeiro a novembro: US$ 455 bilhões.

Segundo dados divulgados na última quarta-feira (1º) pela Secex, o último recorde da exportação brasileira anual ocorreu em 2011 (US$ 254 bilhões). O subsecretário de Inteligência e Estatísticas de Comércio Exterior, Herlon Brandão, apontou que esse valor já foi ultrapassado com os resultados de janeiro a novembro. Embora as importações tenham crescido 39,7% no acumulado do ano (US$ 198,91 bilhões), estão abaixo dos valores máximos históricos em 2013 (US$ 223 bilhões em 11 meses).

Contudo, em relação a novembro, as importações bateram o recorde histórico de US$ 21,6 bilhões graças ao incremento de 34,7% nos preços, pois o volume importado cresceu apenas 4,5%. De acordo com Brandão, foi possível verificar uma aceleração dos preços dos bens importados e um crescimento do valor importado concentrado em alguns segmentos (a exemplo de combustíveis em geral, energia elétrica, adubos, fertilizantes e medicamentos).

Somado à compra de vacinas contra a Covid-19, o Brasil necessita atender à demanda interna por energia, adubos e fertilizantes, avalia o subsecretário da Secex. Isso porque há uma estimativa de safra crescente e adubos e fertilizantes são derivados de petróleo também. Desse modo, com o aquecimento dos preços internacionais de petróleo, sublinhou, esses produtos também se encontram com os preços em alta.

Novembro ainda contou com o segundo maior valor das exportações para o mês (US$ 20,30 bilhões) e da corrente de comércio (US$ 41,90 bilhões), registrando a segunda maior corrente de comércio da série histórica para o mês, perdendo somente para a verificada em novembro de 2011 (US$ 43 bilhões).

O total das importações no mês foi superior aos valores exportados e fez com que a balança em novembro registrasse um déficit de US$ 1,31 bilhão, o que representou o segundo saldo negativo do ano (o primeiro foi em janeiro: US$ 206 milhões de déficit).

Exportações


As exportações em novembro mostraram um aumento das vendas da indústria de transformação, que cresceram 28,3% em dólares em razão da alta nos volumes e preços. Ente os produtos exportados, destaque para carnes de aves, veículos para transporte de mercadorias e celuloses, produtos siderúrgicos, incluindo ferro gusa, grânulos e pó de ferro ou aço e ferro-ligas, além de lingotes e outras formas primárias de ferro ou aço.

Na indústria extrativa e na agropecuária, o volume exportado sofreu uma queda, porém, as receitas seguiram crescentes por conta do incremento dos preços dos produtos. Desse modo, as exportações subiram nos três setores: aumento de 16,5% na agropecuária (US$ 3,01 bilhões); de 14,8% na indústria extrativa (US$ 4,81 bilhões); e de 28,3% na indústria de transformação (US$ 12,34 bilhões).

A América do Norte sobressaiu-se com crescimento de 50,4% como destino das exportações brasileiras (Estados Unidos, Canadá e México). Mercosul foi responsável por 24,7%, sobretudo a Argentina, com crescimento de 17%. Na União Europeia foi verificado um aumento de 19,8% e na China as vendas cresceram 8,8%.

Importações


Quanto à importação, sobressaiu-se no mês o aumento da indústria extrativa (+248,3%), em especial aquele voltado para a compra de petróleo bruto e gás natural – combustíveis usados em usinas termelétricas. Subiram ainda as compras de produtos para agropecuária (+61,8%), sobretudo para o trigo, e para a indústria de transformação (+43,5%), graças aos medicamentos, adubos e fertilizantes.

O crescimento na indústria extrativa sinaliza o aumento de 92,3% dos preços na importação do setor, pois os volumes decresceram 1,5%. Na avaliação de Brandão, é mais combustível porque o Brasil importa pouco produto mineral bruto; e as cotações internacionais de petróleo têm subido e o custo da aquisição desses bens tem crescido. Subiram ainda os preços de itens comprados pela indústria de transformação (+30,2%) e pela agropecuária (+34,7%). Esses incrementos significam um novo momento da recuperação econômica no cenário nacional e global, destacou o subsecretário, que também afirmou já haver aumento da demanda por bens agrícolas e minerais, no primeiro momento da recuperação econômica mundial, sendo agora a vez dos bens industrializados.

Diferentemente do mês de novembro, quando prevaleceu a alta dos preços para o aumento das importações, no acumulado do ano existe um maior incremento dos volumes (que cresceram 23,4%, ao considerar a baixa na demanda em 2020 puxada pela pandemia do novo coronavírus).

Grande parcela das importações no ano está representada por bens intermediários (66,2% do total), com aumento de 46,9% ante o ano passado. Contudo, o maior incremento registrado deve-se aos combustíveis e lubrificantes (+82,4%) – que equivalem a 11,6% das compras externas brasileiras.


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