A balança comercial brasileira fechou com déficit de US$ 816 milhões e corrente de comércio de US$ 5,864 bilhões na terceira semana de janeiro deste ano, com exportações de US$ 2,524 bilhões e importações de US$ 3,340 bilhões. No mês, as exportações totalizaram US$ 8,847 bilhões e as importações, US$ 7,913 bilhões, com saldo positivo de US$ 934 milhões e corrente de comércio de US$ 16,760 bilhões.
Quanto à análise da semana, a média das exportações alcançou US$ 504,8 milhões, 44,1% inferior à média de US$ 903,3 milhões até a segunda semana. Isso porque houve uma baixa nas exportações das três categorias de produtos: semimanufaturados (-49,1%, de US$ 141,5 milhões para US$ 72,0 milhões, por conta de semimanufaturados de ferro ou aço, celulose, ouro em formas semimanufaturadas, couros e peles, ferro-ligas); básicos (-43,3%, de US$ 453,7 milhões para US$ 257,3 milhões, em razão de minério de ferro, petróleo em bruto, algodão em bruto, carnes bovina, suína e de frango, minério de cobre) e manufaturados (-43,0%, de US$ 308,1 milhões para US$ 175,5 milhões, devido sobretudo a aviões, álcoois acíclicos e seus derivados halogenados, óleos combustíveis, máquinas e aparelhos para terraplanagem, óxidos e hidróxidos de alumínio).
No que diz respeito às importações, houve um aumento de 2,2%, ante igual período comparativo (média da terceira semana, US$ 668,0 milhões ante a média até a segundo semana, US$ 653,4 milhões), puxado, em especial, pelo incremento nos gastos com combustíveis e lubrificantes, farmacêuticos, cobre e suas obras, bebidas e álcool, siderúrgicos.
Quanto à análise do mês, nota-se que as exportações, ao comparar as médias até a terceira semana de janeiro deste ano (US$ 737,3 milhões) com a de janeiro do último ano (US$ 822,0 milhões), diminuíram 10,3% em virtude da queda nas vendas de produtos manufaturados (-21,0%, de US$ 320,1 milhões para US$ 252,8 milhões, em razão de plataforma para extração de petróleo, partes de motores e turbinas para aviação, laminados planos de ferro ou aço, automóveis de passageiros, motores e turbinas para aviação) e semimanufaturados (-14,3%, de US$ 131,4 milhões para US$ 112,5 milhões, devido a celulose, semimanufaturados de ferro/aço, ferro-ligas, ferro fundido, alumínio em bruto). Contudo, houve um incremento nas vendas de produtos básicos (+0,4%, de US$ 370,5 milhões para US$ 371,9 milhões, graças, principalmente, ao algodão em bruto, carnes bovina, suína e de frango, minério de ferro, petróleo em bruto). Em comparação a dezembro do último ano, percebe-se ainda um decréscimo de 14,7% por conta da retração nas vendas de produtos básicos (-22,3%, de US$ 478,6 milhões para US$ 371,9 milhões) e manufaturados (-12,0%, de US$ 287,5 milhões para US$ 252,8 milhões). Por outro lado, subiram as exportações de produtos semimanufaturados (+14,2%, de US$ 98,5 milhões para US$ 112,5 milhões)
Em relação às importações, a média diária até a terceira semana de janeiro deste ano, de US$ 659,4 milhões, foi 11,5% inferior à média de janeiro do ano passado (US$ 744,9 milhões). Nessa comparação, nota-se uma queda nos gastos, sobretudo com aeronaves e peças (-34,6%), adubos e fertilizantes (-31,4%), combustíveis e lubrificantes (-17,9%), cereais e produtos da indústria da moagem (-16,3%), veículos automóveis e partes (-7,6%). Ao confrontar com dezembro do último ano, percebe-se um aumento de 10,3% devido aos incrementos em farmacêuticos (+41,4%), equipamentos eletroeletrônicos (+30,6%), plásticos e obras (+25,5%), equipamentos mecânicos (+23,5%), químicos orgânicos e inorgânicos (+13,2%).