A balança comercial brasileira teve déficit de US$ 561 milhões e corrente de comércio de US$ 5,693 bilhões na quarta semana de janeiro deste ano, com exportações no valor de US$ 2,566 bilhões e importações de US$ 3,127 bilhões. No mês, as exportações chegaram a US$ 11,397 bilhões e as importações a US$ 11,041 bilhões, com saldo positivo de US$ 356 milhões e corrente de comércio de US$ 22,437 bilhões.
Quanto à análise da semana, a média das exportações totalizou US$ 513,2 milhões, 30,3% inferior à média de US$ 735,9 milhões até a terceira semana, devido à diminuição nas exportações das três categorias de produtos: básicos (-37,5%, de US$ 371,5 milhões para US$ 232,0 milhões, em razão de petróleo em bruto, minério de ferro, algodão em bruto, carnes bovina, suína e de frango, soja em grãos); manufaturados (-23,5%, de US$ 252,6 milhões para US$ 193,2 milhões, por conta sobretudo de aviões, álcoois acíclicos e seus derivados halogenados, óleos combustíveis, máquinas e aparelhos para terraplanagem, gasolina) e semimanufaturados (-21,3%, de US$ 111,8 milhões para US$ 87,9 milhões, devido a semimanufaturados de ferro/aço, açúcar em bruto, ferro fundido, celulose, couros e peles).
No que diz respeito às importações, houve um decréscimo de 5,2% ante igual período comparativo (média da quarta semana, US$ 625,4 milhões ante a média até a terceira semana, US$ 659,5 milhões), puxado, especialmente, pela queda nos gastos com equipamentos mecânicos, químicos orgânicos e inorgânicos, cobre e suas obras, veículos automóveis e partes, equipamentos eletroeletrônicos.
Em relação à análise do mês, nota-se que as exportações, ao comparar as médias até a quarta semana de janeiro deste ano (US$ 670,4 milhões) com a de janeiro do último ano (US$ 822,0 milhões), caíram 18,4% devido à baixa nas vendas das três categorias de produtos: manufaturados (-26,5%, de US$ 320,1 milhões para US$ 235,1 milhões, em razão de plataforma para extração de petróleo, partes de motores e turbinas para aviação, laminados planos de ferro/aço, máquinas e aparelhos para terraplanagem, veículos de carga); semimanufaturados (-20,3%, de US$ 131,4 milhões para US$ 104,7 milhões, em virtude de celulose, semimanufaturados de ferro/aço, ferro fundido, ferro-ligas, óleo de soja em bruto) e básicos (-10,8%, de US$ 370,5 milhões para US$ 330,5 milhões, em razão sobretudo de petróleo em bruto, soja em grãos, milho em grãos, minério de cobre, farelo de soja). Em comparação a dezembro do ano passado, percebe-se uma retração de 22,5% devido a uma queda nas vendas de produtos básicos (-30,9%, de US$ 478,6 milhões para US$ 330,5 milhões) e manufaturados (-18,2%, de US$ 287,5 milhões para US$ 235,1 milhões). Contudo, houve um aumento nas exportações de produtos semimanufaturados (+6,3%, de US$ 98,5 milhões para US$ 104,7 milhões).
Quanto às importações, a média diária até a quarta semana de janeiro deste ano, de US$ 649,5 milhões, foi 12,8% inferior à média de janeiro do ano passado (US$ 744,9 milhões). Nessa comparação, nota-se uma diminuição nos gastos, em especial com aeronaves e peças (-41,1%), adubos e fertilizantes (-31,3%), combustíveis e lubrificantes (-12,7%), veículos automóveis e partes (-11,9%), químicos orgânicos e inorgânicos (-7,4%). Em relação a dezembro do último ano, percebe-se um incremento de 8,6%, explicado pelos acréscimos em farmacêuticos (+34,2%), siderúrgicos (+29,3%), equipamentos eletroeletrônicos (+28,3%), plásticos e obras (+19,9%) e equipamentos mecânicos (+14,8%).