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Apenas 7% do crédito na economia é subsidiado, e 78% vão para agro e habitação

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Nos últimos 12 meses encerrados em maio, de acordo com um estudo do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), apenas 7% do crédito na economia é subsidiado, e 78% vão para agro e habitação. As concessões totais de crédito à economia brasileira no período somaram cerca de R$ 6 trilhões.

Desse valor revela o estudo, aproximadamente R$ 5,3 trilhões, ou 88%, foram concedidos com recursos livres, a taxas de mercado, e apenas R$ 670 bilhões mediante operações com recursos direcionados.   

Considerado apenas o universo de R$ 670 bilhões do crédito direcionado, 36% dele, ou R$ 243 bilhões, também é concedido a taxas de juros de mercado, uma vez que nem todo crédito direcionado tem taxas reguladas – isto é, nem todo crédito direcionado conta com algum tipo de subsídio.

Portanto, pontua o BDNES, considerado o período compreendido entre junho de 2022 e maio de 2023, o volume de crédito direcionado com taxas subsidiadas concedido à economia brasileira foi de apenas 7%, o que corresponde a um total de R$ 429 bilhões, sendo que 78% deles foram concentrados no segmento rural, com R$ 177 bilhões e no setor habitacional que obteve R$ 157 bilhões.

O estudo também faz um levantamento da participação do fluxo de crédito direcionado em relação ao fluxo de crédito total na economia entre os anos de 2012 e 2023, e faz parte da segunda edição da série “Estudos Especiais do BNDES”, conduzida pela Área de Planejamento e Pesquisa Econômica do banco. Leia o estudo na íntegra.

 

Crédito direcionado oscila na pandemia da Covid-19

 

De acordo com os dados do estudo, a participação do crédito direcionado teve um pico em 2014, chegando a 16%, caiu a quase metade disso em fevereiro de 2020 (8,3%) e voltou a crescer em meados de 2021 (13%), devido aos programas emergenciais de crédito no âmbito do combate aos efeitos econômicos da Covid-19, até chegar ao patamar atual, de 11%.

Na série histórica, o documento aponta que “nos últimos anos a participação do segmento rural no direcionamento de crédito foi a que mais aumentou, saindo de 25%, em 2012, para 44%, em maio de 2023.

Por outro lado, o segmento habitacional manteve sua participação praticamente constante, em 30%, e outros direcionados cresceram de 8% para 14% no mesmo período. A participação do BNDES foi a única a registrar redução, saindo de 36% para 12%”.

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