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Alexandre Silveira anuncia aumento da oferta de gás natural

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O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou nessa quinta-feira (21) o aumento da oferta de gás natural, a partir do ano que vem, por meio da operação do Gasoduto Rota 3. Ele anunciou durante reunião com o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Geraldo Alckmin. Essa infraestrutura de escoamento adicionará 14 milhões de m³/dia à oferta de gás, impulsionando assim, o desenvolvimento do setor de fertilizantes nitrogenados e outros setores industriais dependentes desse combustível.

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Cerca de 60 milhões de m³/dia é a demanda brasileira por gás natural, enquanto a oferta nacional é de aproximadamente 45 milhões de m³/dia. O gás que percorrerá o Rota 3 em direção ao Polo Gaslub, em Itaboraí (RJ), é uma das soluções de curto prazo sugeridas pelos ministérios de Minas e Energia (MME) e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), visando praticamente igualar oferta e demanda.

– É a demonstração inequívoca de que a política do gás foi completamente abandonada nos últimos anos, no Brasil . Nós temos pouca oferta e, consequentemente, preços que nos tornam muito pouco competitivos e deixam nossa indústria química e de fertilizantes ociosa. Sabemos que a grande obsessão do nosso governo é gerar emprego e renda, oportunidade e crescimento nacional – destacou Silveira.

Parceria em discussão

Esteve também na reunião o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Carlos Fávaro e o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates. Nessa situação, o ministro indicou  outras soluções que ampliarão a oferta no médio prazo.

Uma delas é o investimento da BM-C-33, uma parceria entre Equinor, Repsol Sinopec Brasil e Petrobras, que contribuirá com mais 16 milhões de m³/dia. Entretanto, considera-se também o aumento da parceria para o fornecimento de gás pela Bolívia e a aquisição do campo de Vaca Muerta, na Argentina.

– O governo está discutindo as formas de darmos eficiência a dois temas que são muito debatidos no mundo hoje, que são a segurança energética e a segurança alimentar. O Brasil, como um país vocacionado à produção de alimentos para alimentar não só o seu próprio povo, mas parcela significativa do planeta, tem a necessidade da segurança de suprimento dos fertilizantes, tanto nitrogenados quanto os demais fertilizantes, já que nós somos extremamente dependentes – avaliou o ministro.

Gás natural “na cabeça do poço”

Silveira defendeu, ainda, a ampliação do rol de atribuições da Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA). Atualmente, a estatal negocia a parcela de petróleo e gás natural da União dos contratos de partilha de produção que exploram no polígono do pré-sal. Por não contar com infraestrutura de escoamento e armazenagem, a empresa vende o óleo e gás natural “na cabeça do poço”. Assim, comercializa diretamente com as petroleiras.

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O ministro sugere que a PPSA estimule a oferta de gás natural no Brasil. Atualmente, a PPSA possui aproximadamente 120 mil m³/dia. A partir de 2027, no entanto, haverá um aumento gradual na oferta, chegando a 1,8 milhão de m³/dia, com a previsão de atingir 3,5 milhões de m³/dia em 2029.

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