A Agência Nacional do Petróleo (ANP) realizou na terça-feira passada (11), em um hotel no Rio de Janeiro, o primeiro leilão de petróleo na modalidade de oferta permanente de áreas, quando foram oferecidos campos de pequeno porte rejeitados em anos anteriores por grandes petroleiras.
Participaram 15 empresas e, em menos de três horas, foram arrecadados R$ 22,3 milhões. A expectativa de investimento é de R$ 320 milhões nos próximos anos. O leilão é destinado a petroleiras independentes, o que inclui estreantes no setor.
Pela nova modalidade, a agência coloca à disposição do mercado, de forma contínua, áreas de exploração de petróleo e gás que podem ser compradas sob demanda. Não há certeza da existência de petróleo e gás nessas áreas. Ainda assim, a ANP conseguiu ágio médio de 61,48% no leilão, em comparação com o preço mínimo estabelecido para elas no edital.
O certame incluiu campos que já estavam em produção, mas que foram devolvidos seja porque o tamanho dos reservatórios não era compatível com o perfil das empresas que detinham a concessão, seja porque a produção encontrava-se em declínio e não gerava retorno financeiro satisfatório para uma petroleira de grande porte. Esse último tipo de área gerou ágio médio de 2.221%.
O diretor-geral da ANP, Décio Odone, disse que “o processo começou com uma manifestação de interesse de uma empresa pequena em uma área com acumulação marginal no Recôncavo (Bahia) e terminou com 45 blocos e áreas contratadas”.
Odone revelou ainda que com esse leilão o número de contratos de exploração firmados entre empresas e União cresceu 11%. “Não é pouco para a nossa indústria”, comemorou. “E agora estamos vendo empresas de pequeno e médio portes entrando nas bacias terrestres tradicionais.”