A diretoria da ANTT aprovou na semana passada a viabilidade de nove autorizações ferroviárias pleiteadas por empreendedores privados dentro das normas estabelecidas pelo novo marco ferroviário (MP nº 1.065/21). Os pedidos de construção e exploração dessas ferrovias, por 99 anos, foram considerados compatíveis pela Superintendência de Transporte Ferroviário (Sufer), à qual compete esse tipo de avaliação.
Para a Vale, foram concedidas duas autorizações no Pará: uma entre Marabá e Parauapebas, com 61 quilômetros; outra no trecho localizado em Curionópolis, de 17.
A MRS Logística, concessionária controlada por empresas mineradoras, teve dois pedidos aceitos para expandir sua malha em 445 quilômetros em Minas Gerais: entre as cidades de Unaí e Pirapora; e entre Varginha e Andrelândia.
A Rumo obteve autorização para construir 230 quilômetros entre Nova Mutum e Campo Novo dos Parecis, em Mato Grosso. O grupo Petrocity Ferrovias recebeu sinal verde para implantar e explorar 52 quilômetros em Goiás, entre Corumbá de Goiás e Anápolis, onde o ramal fará conexão com a Ferrovia Norte-Sul.
Saiba mais:
A diretoria da agência avaliou que dois empreendimentos em Mato Grosso, a cargo da Garin Infraestrutura Assessoria e Participações e da Zion Real Estate, que compreendem o mesmo trecho de origem e destino, entre Lucas do Rio Verde e Sinop, não coincidem entre si. Os pleitos dos dois grupos foram autorizados. A Garin fez o pedido para explorar 146,7 quilômetros, e a Zion, 153 quilômetros.
O grupo Multimodal Caravelas obteve autorização para construir um ramal ferroviário de 491 quilômetros entre Caravelas (BA) e Araçuaí (MG), com ramal até Teixeira de Freitas (BA) e Mucuri (BA). A autorização resgata a antiga Estrada de Ferro Bahia-Minas, com 578 quilômetros, implantada em 1882 e erradicada em 1966. A ferrovia foi lembrada na canção “Ponta de Areia” (1975), de Milton Nascimento e Fernando Brant.