Os acionistas da Petrobras deram sinal verde para a distribuição de 50% dos dividendos extraordinários. Portanto, garantindo ao governo federal, detentor da maioria das ações, cerca de R$ 6 bilhões. Essa decisão representa uma injeção significativa de capital para o governo, resultante dos lucros excepcionais obtidos pela estatal no último ano. A reunião ocorreu nesta quinta-feira (25).
De acordo com o representante da União, da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, o plano do governo é dividir a distribuição dos dividendos extras em duas parcelas: a primeira em 20 de maio e a segunda em 20 de junho. Dessa forma, a estatal liberará metade dos R$ 43,9 bilhões de dividendos extraordinários anunciados no mês passado. Essa estratégia permite um fluxo de caixa mais controlado e mantém o capital circulando ao longo do ano.
A segunda metade dos dividendos extraordinários será distribuída até o final do ano, conforme informado pelo representante da União durante a Assembleia Geral Ordinária e Extraordinária. Essa decisão traz um impulso adicional aos acionistas e reforça a política de retorno de capital da Petrobras.
Além dos dividendos extraordinários, os acionistas também aprovaram a distribuição dos dividendos ordinários de R$ 72,4 bilhões referentes ao exercício de 2023. Com isso, o total aprovado, incluindo a metade dos dividendos extras, soma R$ 94,3 bilhões.
Cada acionista receberá, ao todo, cerca de R$ 2,89 por ação, conforme comunicado da Petrobras à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). No entanto, vale destacar que a distribuição de dividendos extras gerou tensão entre o comando da Petrobras e o Ministério de Minas e Energia (MME), evidenciando a complexidade das relações governamentais com a estatal.