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Zema e Tarcísio focam nas privatizações

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Os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), apostam nas privatizações com o objetivo de criar uma agenda positiva.

Na semana passada, Zema enviou uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) para a Assembleia Legislativa com a finalidade de agilizar a privatização de três estatais: a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) e a Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig).

A PEC protocolada pelo governo mineiro retira a necessidade de referendo popular para a realização de privatizações. E também altera de 49 votos (maioria qualificada) para 39 (maioria simples) o mínimo necessário para a venda de estatais. No entanto, a proposta enfrenta resistência dentro da própria base aliada de Romeu Zema, que possui 57 deputados (74% da Assembleia). Vale recordar que os mineiros possuem um posicionamento contrário à venda de estatais.

Essa resistência às privatizações traz obstáculos para a PEC na Assembleia. A rejeição ao tema das privatizações existente entre a opinião pública dificulta qualquer avanço da matéria. Além disso, mesmo que o fim do plebiscito seja aprovado, Zema ainda precisa conseguir aprovar o projeto.

Pelo seu lado, Tarcísio de Freitas também tenta alavancar as privatizações em São Paulo. Durante sua participação em um evento no banco Santander, o governador declarou que a privatização da Sabesp deve representar a maior venda de uma estatal no mercado brasileiro nos próximos anos. Tarcísio trabalha com a estimativa de que a privatização da
Sabesp ocorra no primeiro semestre de 2024.

Após serem alvo de críticas – Zema foi acusado de falas preconceituosas contra os nordestinos em uma entrevista, e Tarcísio foi criticado por conta da polêmica operação policial na Baixada Santista –, os governadores dos dois maiores estados do país se apresentam como defensores das privatizações.

Vale lembrar que, desde a posse do presidente Lula (PT), a agenda de privatizações que estava em curso no plano federal, na gestão de Paulo Guedes no Ministério da Economia, vem perdendo cada vez mais espaço.

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