Faltando uma semana para o segundo turno, a disputa entre o ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o ex-prefeito Fernando Haddad (PT) pelo Palácio dos Bandeirantes apresenta um quadro de estabilidade. Segundo o Datafolha, na última semana, quando considerado os votos totais, a distância entre Tarcísio de Haddad oscilou negativamente de 10 para 9 pontos percentuais. A variação está dentro da margem de erro de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.
CANDIDATOS | 5 a 7/10 (%) | 17 a 19/10 (%) |
Tarcísio de Freitas (Republicanos) | 50 | 49 |
Fernando Haddad (PT) | 40 | 40 |
Brancos/Nulos | 6 | 8 |
Indecisos | 4 | 3 |
*Fonte: Datafolha
Como São Paulo (SP) é um importante reduto antipetista e um dos estados em que o presidente Jair Bolsonaro (PL) concentra sua mobilização para tentar virar a eleição, Tarcísio de Freitas poderá se beneficiar, principalmente no interior do estado, onde o ex-ministro vence Haddad por 56% a 33%. Já na capital paulista, a vantagem é de Haddad (48% a 40%).
Apesar de Tarcísio ter oscilado negativamente entre os votos totais, quando observamos apenas os votos válidos (ver tabela abaixo), a distância em relação a Haddad permanece estável em 10 pontos.
CANDIDATOS | 5 a 7/10 (%) | 17 a 19/10 (%) |
Tarcísio de Freitas (Republicanos) | 55 | 55 |
Fernando Haddad (PT) | 45 | 45 |
*Fonte: Datafolha
Mesmo que o antipetismo pese em favor de Tarcísio de Freitas, é importante observar que, segundo o Datafolha, a rejeição do ex-ministro cresceu 3 pontos, chegando aos 42%. Porém, o índice ainda é inferior ao registrado por Fernando Haddad (49%).
O aumento da rejeição de Tarcísio pode ser explicado pela vinculação que a campanha de Haddad tem feito entre o ex-ministro e o presidente Jair Bolsonaro (PL). No primeiro turno, como Haddad preferia enfrentar o governador Rodrigo Garcia (PSDB) que Tarcísio, a campanha petista acabou poupando Tarcísio dos ataques, focando as críticas em Garcia.