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Reservatórios de hidrelétricas recuperam-se, mas medidas de emergência no setor elétrico continuam

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O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) decidiu, na quarta-feira, manter vigentes as medidas de emergência que visam garantir o fornecimento de energia no país. A principal medida é a que fixa um limite de 15 gigawatts médios (GW médios) para a contratação de energia por termelétricas e de geradoras de outros países.

Além disso, só poderão ser acionadas térmicas que cobrarem, no máximo, R$ 1 mil por MWh (megawatt-hora). A resolução vai vigorar mesmo com a recuperação do nível de água nos reservatórios das hidrelétricas, devido às fortes chuvas. A conta de luz não deve sofrer redução nos próximos meses.

O país chegou a adquirir energia das térmicas e de países vizinhos (Argentina e Uruguai) por mais de R$ 2 mil o MWh, ou seja, quase dez vezes mais que o preço de referência no mercado interno. Essa decisão, tomada no momento mais agudo da estiagem, afetou o sistema elétrico, que registra descompasso de R$ 14 bilhões decorrentes do pagamento desses valores.

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afirmou ao jornal O Globo que a tarifa extra cobrada na conta de luz, a chamada “bandeira tarifária de escassez hídrica”, continuará em vigor até abril deste ano. Por ela, cada consumidor paga R$ 14,20 a mais por cada 100 kWh consumidos.

Para o Operador Nacional do Sistema (ONS), o volume de chuvas ainda não garante nível adequado de água nos reservatórios do Sul e do Sudeste. Daí tais medidas serem necessárias. As chuvas fortes que caem desde meados de outubro fazem subir os reservatórios, mas seu nível ainda se encontra longe da zona de conforto, especialmente nas bacias hidrográficas do Sudeste e do Centro-Oeste.

Ainda de acordo com dados do ONS, divulgados em setembro passado, o nível dos reservatórios dessas regiões chegou ao ponto mais baixo: 16,75% da capacidade. As projeções indicam que chegarão ao final de janeiro de 2022 com 40%. Em janeiro do ano passado, o nível era de 23,36%.


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