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Produtividade no país despenca, segundo pesquisa da FGV, e preocupa o governo

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O Observatório do Produtividade da Fundação Getúlio Vargas aponta que a produtividade do trabalho no Brasil caiu em 2022 e os indícios para este ano não são animadores.  Ainda por conta da pandemia, a produtividade caiu 4,5 no ano passado e 7,9% em 2021.

Para piorar a desaceleração no emprego é evidente e terá repercussões neste ano.  Por outro lado, o emprego por conta própria cresce e quase 80% dos CNPJ são de microempreendedores individuais (MEI).

Mais da metade dos trabalhadores por conta própria até o ano passado eram empregados com carteira assinada antes de migrar para trabalho autônomo, conforme avaliação feita pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre).

Para este ano, os pesquisadores da FGV não descartam a continuidade de crescimento dos trabalhadores por conta própria e queda em outras categorias de ocupação. Isso pode ocorrer mesmo com possibilidade de mercado de trabalho mais fraco, a ser afetado por provável economia desaquecida, salientaram.

Os indicadores produzidos pelo Observatório de Produtividade apontam que no terceiro trimestre de 2022 tanto a produtividade do trabalho quanto a produtividade total dos fatores (PTF) estavam abaixo do nível pré-pandemia. Ficaram, respectivamente, em 0,1% e 3,2%, quando calculados pelas horas efetivamente trabalhadas.

Nos últimos 5 anos foram registrados avanços e retrocessos. No campo dos avanços, houve reformas, como a trabalhista e aumento da competição no mercado de crédito – com o fortalecimento de garantias, aprovação da TLP (taxa que adequou os juros cobrados nas operações do BNDES aos juros de mercado), cadastro positivo e o open banking.

No caso da reforma trabalhista de 2017, tanto a mudança da CLT como a legalização da terceirização foram importantes. Novos marcos legais para os setores de saneamento, gás, ferrovias, navegação de cabotagem também foram importantes. Assim como a autonomia do Banco Central, aprovada em 2020.

Mas também houve pioras. Em 2019, antes da pandemia, a economia ainda convivia com resquícios da crise que começou em 2014. A recuperação da crise fiscal seguida de recessão não havia sido completa. Desde então, os indicadores sociais pioraram, com aumento de pobreza e desigualdade. A informalidade no mercado de trabalho passou a subir.

 

“Traz experiência”

 

O colunista da VEJA, advogado e cientista político Murillo de Aragão, fundador da Arko Advice Pesquisas, passa a integrar o Conselho Político (Consep) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). O conselho é presidido pelo ex-presidente da República Michel Temer.

Em nota, a Fiesp afirma que “Aragão traz a experiência de produzir cenários e análises políticas que são muito conhecidas no mercado financeiro”.

O Consep é suprapartidário e tem o objetivo de promover, com diversos especialistas, debate sobre temas ligados ao ambiente político brasileiro e são transversais a todas as áreas de interesse da sociedade. Nesse sentido, conta com a colaboração de profissionais das mais diversas áreas que se reúnem mensalmente. O Consep é composto de treze membros.

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