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Procuradoria pede e ministro manda investigar se Bolsonaro incitou os atos de domingo

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A Procuradoria-geral da República (PGR) pediu ao Supremo Tribunal Federal que investigue se o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) incitou atos de manifestantes contra sede dos três Poderes, no domingo passado (8). O ministro Alexandre de Moraes acatou o pedido na noite desta sexta-feira.

O ex-presidente será incluído no inquérito que apura a autoria intelectual dos protestos. Ele vai ser investigado entre os “expositores de teorias golpistas que promoveram a mobilização da massa violenta”.

Um grupo reunindo perto de oitenta procuradores e subprocuradores foi o responsável pelo pedido encaminhado ao procurador-geral Augusto Aras. A solicitação para a investigação de Bolsonaro foi feita ao STF pelo subprocurador-geral Carlos Frederico Santos, chefe do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos.

O subprocurador Frederico Santos, escalado pelo procurador-geral, Augusto Aras, para chefiar o recém-criado Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos, assinou a petição enviada ao STF.

O objetivo, de acordo com Frederico Santos, é investigar “atos praticados antes e depois” de domingo.  No documento enviado há dois dias ao procurador-geral, os procuradores e subprocuradores citaram um vídeo publicado pelo ex-presidente no Facebook e apagado horas depois, com suspeitas infundadas sobre a lisura das eleições, a atuação de ministros do STF e do Tribunal Superior Eleitoral e a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva.

 

Retorno de Anderson Torres

O ex-ministro da Justiça Anderson Torres embarcou na noite de ontem, sexta-feira (13), no aeroporto de Miami com destino a Brasília, aonde deverá chegar neste sábado.

O ministro Alexandre de Moraes havia determinado sua prisão na terça-feira, por envolvimento nos ataques golpistas contra as sedes dos três Poderes.

Torres reassumiu o comando da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal no dia 2 de janeiro e viajou de férias para os EUA cinco dias depois. Ele não estava no Brasil quando ocorreram os atos de depredação dos prédios do STF, Congresso e Palácio do Planalto.

Após a decretação da prisão, Torres publicou nas redes sociais que regressaria ao Brasil para se entregar à Justiça.

 

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