A prioridade do novo ministro de Minas e Energia, o senador mineiro Alexandre Silveira (PSD) é investir na ampliação das refinarias da Petrobras. Foi o anúncio que ele fez em seu discurso ao ser empossado à frente do ministério.
Alexandre Silveira disse ainda ser preciso adotar “um desenho de mercado que promova a competição, mas preserve o consumidor da volatilidade do preço dos combustíveis”.
Disse ser “muito difícil explicar ao povo brasileiro que somos o paraíso dos biocombustíveis e temos a riqueza do pré-sal, mas que ele ficará inevitavelmente à mercê dos preços das commodities internacionais”.
Para o novo ministro “alguma coisa estamos fazendo de forma equivocada”. A decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de prorrogar a desoneração de PIS e Cofins sobre combustíveis ampliou as dúvidas sobre a política de preços no novo governo.
No mercado, a desoneração foi entendida como piora do cenário fiscal. Como consequência, a tendência é afetar a taxa de câmbio e o custo de commodities. A Petrobras segue o preço de paridade de importação, que considera a cotação do barril de petróleo no mercado internacional e o câmbio.
No entanto, para alguns analistas a prorrogação do prazo da isenção do PIS e Cofins evita alta nos preços ao consumidor e dá tempo para a troca de gestão na empresa, sem as pressões sobre reajustes dos derivados.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira anunciou que encaminha nesta terça o nome do senador do PT do Rio Grande do Norte, Jean Paul Prates, ao Conselho de Administração da Petrobras, para ser o nome presidente da empresa.
Prazo maior
Políticos aliados do governo não ficaram satisfeitos com o prazo de dois meses concedido para a desoneração da gasolina e do etanol. Queriam prazo maior. O desejo era ampliar o prazo da redução tributária por pelo menos seis meses, podendo chegar a um ano.
A avaliação é de que o novo presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, precisará de tempo para mudar a política da Petrobras, permitindo uma redução nos preços, e não quer criar soluços até lá.
A equipe econômica sob o comando de Fernando Haddad é contra a desoneração. O próprio ministro chegou a anunciar que a medida não seria prorrogada para este ano.