O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), anunciou na noite deste domingo a pauta de votação da semana com a previsão de análise da PEC da Transição na quarta-feira (7). Com a decisão, a expectativa é que o presidente da Comissão de Constituição e Justiça, Davi Alcolumbre (União-AP), inicie a discussão do tema amanhã para que ele seja votado na manhã do dia seguinte.
Na pauta divulgada pela Presidência do Senado, é citado que a matéria está pendente de deliberação da Comissão de Constituição e Justiça do Senado. Um dos cotados para a relatoria é Alexandre Silveira (PSD-MG), aliado de Pacheco. Integrantes dos partidos da base do governo de Jair Bolsonaro sinalizaram que podem pedir vista na CCJ, o que provocaria mais tempo para votação.
Na sexta-feira, o líder do PT na Câmara, Reginaldo Lopes, afirmou que há divergências dentro da base aliada a respeito da duração do texto: dois ou quatro anos. A principal preocupação é a respeito do que será preciso fazer do lado da arrecadação para compensar os novos gastos e, assim, evitar uma dinâmica explosiva da dívida e que o país piore, conforme avaliação de agentes do mercado.
Reeleição de Rodrigo Pacheco
Em articulação para manter Rodrigo Pacheco (PSD-MG) à frente do Senado por mais dois anos, o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, foi o primeiro a endossar a permanência de Arthur Lira (PP-AL) no comando da Câmara. Com esse movimento, Kassab procurou desestimular o PP a apresentar um nome para disputar a principal cadeira da Mesa Diretora do Senado.
A iniciativa de Kassab foi determinante para que Lira e Pacheco tenham favoritismo, segundo avaliações de políticos, na disputa pela reeleição para o comando da Câmara e do Senado. O PL, estimulado pelo seu dirigente nacional, Valdemar Costa Neto, tenta emplacar o senador de primeito mandato, Rogério Marinho (RN), ex-ministro do Desenvolvimento Regional na administração Bolsonaro.