Início » Presidente do PT informa que executiva do partido vai discutir taxa de juros na 2ª-feira (13)

Presidente do PT informa que executiva do partido vai discutir taxa de juros na 2ª-feira (13)

A+A-
Reset

A presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR), disse ontem, quarta-feira (8) que levará à reunião do diretório nacional do partido, na próxima segunda-feira (13) a questão da independência do Banco Central e a atual taxa básica de juros (Celic).

Gleisi Hoffmann também defendeu a realização de reunião do Conselho Monetário Nacional para reorientar a política monetária de acordo com a realidade econômica do país. Sua posição é compartilhada por outros integrantes do partido. “Estamos fazendo um embate político para demarcar um campo e mostrar que temos outra linha de política monetária” Carlos Zarattini (PT-SP).

O comando do PT quer enquadrar o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e há quem defenda até mesmo sua substituição. O argumento é de que a atual gestão do BC pode levar o governo a uma crise política incontornável. Dirigentes do partido não apenas endossam a pressão do presidente Lula sobre o Banco Central para reduzir a taxa básica de juros (Selic) como avaliam que é preciso pregar a reorientação da política monetária.

Deputados e senadores do PT querem impor uma linha “desenvolvimentista” à condução da economia. Parlamentares de partidos aliados endossaram o tom adotado pelo preside nos últimos dias após reunião ontem, quarta-feira, de líderes da base do governo no Planalto. O presidente do Solidariedade, Paulinho da Força, afirmou que Campos Neto precisa ser “enquadrado” e defendeu a convocação dele pelo Congresso para prestar esclarecimentos.

Disse que o presidente do BC precisa “explicar por que” os juros têm que ser mantidos no patamar atual, de 13,75% ao ano, ecoando Lula. O líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues, afirmou que o objetivo é chegar ao final do ano com a taxa básica de juros em 8% ou 7%. De acordo com o senador, a aprovação da reforma tributária, do novo arcabouço fiscal e da medida provisória que retomou o voto de qualidade no Carf propiciariam esse alívio nos juros.

“Não tem como o país crescer com o nível atual de juros. Se nós nos resignarmos aos 13,75%, a gente vai se conformar com 0,77% de crescimento no final do ano. Nós não aceitamos. Para Randolfe, “onde foi estabelecido que o debate da taxa de juros não pode ser feito pela sociedade e pela política?”. No encontro com os líderes dos partidos, Lula disse: “a gente não tem que pedir licença para governar, a gente foi eleito para governar”,

 

Declarações são equívoco

Ex-presidente do Banco Central, Arminio Fraga avalia que ainda é cedo para qualquer conclusão em relação ao terceiro mandato de Lula. Segundo ele, o novo governo tem chance histórica de recuperar áreas cruciais para o país, mas há muitos riscos na condução da política econômica.

Mas disse que vê riscos.  Para Arminio Fraga as declarações de Lula contra o Banco Central são um “equívoco”. “Se ele (Lula) quiser colaborar para derrubar os juros, pode dar mais atenção à responsabilidade fiscal”, disse. “O presidente poderia liderar um movimento, mas não na direção que estamos vendo”.

 

Páginas do site

Sugira uma pauta ou fale conosco

Usamos cookies para aprimorar sua experiência de navegação. Ao clicar em "Aceitar", você concorda com o uso de cookies. Aceitar Saiba mais