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Presidente do Banco Central acerta seu comparecimento ao Senado no começo de março

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Cotado para assumir a presidência da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) no biênio 2023-2024, o senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO) reuniu-se em jantar, com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, a combinou com ele a ida ao Senado.

O convite formal ao presidente do BC será feito após o Carnaval. O comparecimento de Campos Neto ao Senado é para dar explicações sobre a taxa de juros definida pelo Banco Central através do Comitê de Política Econômica integrado por oito membros, de acordo com o senador de Goiás.

“Na primeira reunião, serão aprovados os novos membros da CAE, e define-se a data com ele (Campos Neto). Vai ser para o começo de março”, disse Vanderlan Cardoso.  Na segunda-feira, o diretório nacional do PT havia aprovado orientação para que Campos Neto fosse chamado pelas bancadas do partido na Câmara e no Senado, para explicar a política monetária do BC.

No mesmo dia, em entrevista ao programa Roda Viva da TV Cultura de São Paulo, o presidente do Banco Central disse que estaria aberto a ir ao Congresso e que é sua “obrigação” prestar esse tipo de esclarecimento. Roberto Campos defende melhor comunicação entre a autoridade monetária e a sociedade.

Durante entrevista à TV CNN, ontem, Lula disse que “não interessa brigar com um cidadão que é presidente do Banco Central”, referindo-se a Roberto Campos Neto. “Como presidente da República, não interessa brigar com um cidadão que é presidente do banco central que eu pouco conheço. Eu vi ele uma vez”, disse.

Lula ainda afirmou que, se Campos Neto “topar”, ele o levará para conhecer “lugares mais miseráveis desse país”. “Se ele topar, quando eu for levar o meu governo para visitar os lugares mais miseráveis desse país, eu vou levá-lo para ele ver. Ele tem que saber que a gente nesse país tem que governar para as pessoas que mais necessitam”.

Na mesma entrevista, Lula disse que a autonomia do Banco Central tem que ser alterada caso a economia do país não melhore. O presidente defende redução na taxa básica de juros do país, a Selic, enquanto Campos Neto prefere mantê-la em 13,75%. Como foi sancionada a lei da autonomia do Banco Central em 2021, a definição da taxa fica nas mãos da instituição financeira.

Lula, porém, já classificou como uma “bobagem” a legislação aprovada pelo Congresso. Na entrevista à CNN Lula afirmou que, se a autonomia do Banco Central trouxer “uma coisa extraordinariamente positiva”, pode ser mantida.

 

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