A nova pesquisa do PoderData sobre a sucessão de 2022 mostra o ex-presidente Lula (PT) na liderança, com 37% das intenções de voto. O presidente Jair Bolsonaro (Sem partido) aparece em segundo lugar com 28%.
Chama atenção que Lula vem perdendo espaço desde o início de agosto. Em junho, o ex-presidente tinha 43% das intenções de voto. Caiu para 39% no levantamento realizado entre 2 e 4 de agosto, e agora, na sondagem realizada entre 30 de agosto e 1º de setembro, perdeu mais dois pontos (37%).
No mesmo período, Bolsonaro cresceu três pontos percentuais, foi de 25% para 28%, movimento que está acima da margem de erro, que é de 2 pontos para mais ou para menos. Ou seja, a distância de Lula para Bolsonaro, que chegou a ser de 14 pontos em junho (43% a 29%), baixou agora para 9 pontos percentuais (37% a 28%).
Os nomes da chamada terceira via continuam com baixa densidade eleitoral. O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) aparece com 8% das intenções de voto. Ciro está tecnicamente empatado com o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta (DEM), que registra 5%, e também com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), que somam 4% cada um. O apresentador José Luiz Datena (PSL) aparece um pouco mais atrás com 3%. Brancos, nulos e indecisos somam 11%.
2º turno: vantagem de Lula sobre Bolsonaro é de 25 pontos
Apesar da vantagem de Lula para Jair Bolsonaro ter caído na pesquisa para o primeiro turno, na simulação de confronto direto a situação é diferente. No segundo turno, cresce a vantagem do ex-presidente Lula. Lula tem 55% das intenções de voto contra 30% de Bolsonaro. Na simulação anterior, Lula aparecia com 52% e Bolsonaro com 32%.
Lula também venceria Doria (50% a 18%) e José Datena (17%) no segundo turno. Bolsonaro, por sua vez, além de ser derrotado pelo ex-presidente, também perderia para Doria (39% a 32%), Ciro (41% a 37%) e empataria com Datena (33% a 32% em favor do apresentador).
Nota-se que, embora Bolsonaro tenha um eleitorado cativo e uma militância com grande capacidade de mobilização, o presidente está isolado no terço da opinião pública que o apoia. A tese é confirmada pelo fato de que, do primeiro para o segundo turno, a intenção de voto em Bolsonaro praticamente não se altera.
Se, por um lado, o bolsonarismo continua sendo bastante resiliente, por outro, as simulações de segundo turno demonstram que o anti-bolsonarismo, embora não tenha capacidade de organização social, acaba prevalecendo na opinião pública.