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Plenário do Senado aprova texto-base da reforma tributária

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Com 53 votos favoráveis e 24 contrários, o Plenário do Senado Federal aprovou o texto-base da reforma tributária (PEC 45/2019) em primeiro turno. A aprovação acontece, nesta quarta-feira (8), após seis novas emendas serem acatadas pelo relator. Agora, os senadores vão analisar os destaques, que são pedidos de alteração no texto principal. A PEC também precisará ser analisada em segundo turno antes de voltar à Câmara dos Deputados.

Nessa terça-feira (7), a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou com 20 votos favoráveis e seis votos contrários, o texto-base da proposta da Reforma Tributária. O senador Eduardo Braga (MDB-AM), relator no texto na comissão, alterou a versão da PEC 45/2019 que veio da Câmara dos Deputados, aumentando para R$ 60 bilhões o fundo mantido pela União. O objetivo é reduzir as desigualdades regionais e sociais, diminuindo competências do comitê gestor do futuro imposto estadual e municipal, entre outras.

Na reunião, Braga destacou que a reforma se preocupa em não aumentar a carga tributária com um instrumento chamado de “trava de referência”. “O principal legado é estabelecer uma trava sobre a carga tributária, que não permitirá que haja aumento de imposto para o contribuinte. Pela fórmula apresentada no relatório, quando o PIB for zero, não poderá aumentar a carga tributária. Quando o PIB for negativo, não terá aumento de carga tributária”, explicou.

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Eduardo Braga – Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Criação de impostos na reforma tributária

Há dois impostos a serem criados, de acordo com essa trava. Uma é a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e a outra é o Imposto Seletivo (IS), que serão reduzidos em 2030 se suas receitas medidas em 2027 e 2028 forem maiores que a média da arrecadação do PIS/Pasep, Cofins e IPI (que serão extintos) de 2012 a 2021.

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Já em 2035, haverá outro momento de reavaliação, em que os tributos criados pela Reforma Tributária poderão ser reduzidos se a receita medida entre 2029 e 2033 for maior que a média da arrecadação dos impostos extintos, entre 2012 e 2021.

Na ocasião, Eduardo Braga aceitou 247 emendas total ou parcialmente, muitas delas após a apresentação do relatório no dia 25 de outubro. Horas antes da reunião, em complementação de voto protocolada, ele criou um mecanismo que premia os entes federativos que arrecadarem mais com a distribuição uma parcela maior do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), que substituirá o ICMS (estadual) e o ISS (municipal).

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