O Grupo de Acompanhamento da Implantação das Soluções para os Problemas de Interferências (Gaispi), criando no âmbito da Anatel, para supervisionar a instalação da rede 5G no país, aprovou ontem a liberação que permite às operadoras a começarem a venda dos chips da nova tecnologia. A operação da rede 5G começa por Brasília.
Os novos chips funcionarão em rede própria construídas só para o 5G “puro”, conhecido em inglês pela expressão “Standalone”, que tem velocidade maior na transmissão de dados. Os outros chips simulavam a velocidade do 5G na rede construída para uso da tecnologia 4G e 4,5G.
As empresas operadoras de telecomunicações cumpriram as condições técnicas e regulatórias exigidas. Instalaram filtros nas antenas parabólicas profissionais dos satélites e a distribuição de kits de recepção para os beneficiários do Cadastro Único estabelecido pelo governo. Também houve a limpeza da faixa de 3,5 Ghz (gigahertz), frequência que estava em uso pela radiodifusão e agora será utilizada no 5G.
Todas as capitais de estados deveriam lançar a nova rede final deste mês, conforme estabelecia o edital do leilão do 5G, ocorrido em novembro do ano passado. No entanto, em decorrência da pandemia, que afetou o suprimento de peças, o prazo foi ampliado para at o final de setembro.
Depois de Brasília, Belo Horizonte, Porto Alegre e São Paulo são as próximas capitais a terem o sinal 5G ativado. São cidades que se encontram em processo mais adiantado e devem ser as próximas cidades a lançar o serviço.
A legislação eleitoral proíbe que possíveis candidatos na disputa nas eleições de outubro, promovam eventos públicos para fazer autopromoção. No evento de amanhã, promovido por uma operadora, o ministro das Comunicações, Fábio Faria (PSD-RN) disse que vai comparecer, porque não é candidato a cargo eletivo no próximo pleito. Mas ninguém do governo estará presente, segundo o ministro. “Não podemos dizer que é um serviço lançado pelo governo”, afirmou.