O Brasilianista O novo comandante do Exército, general Tomás Miné Ribeiro Paiva, marcou para a amanhã de amanhã (terça-feira) a primeira reunião com a cúpula da Força desde que assumiu o posto, no sábado.
Neste encontro, os demais 16 generais de quatro estrelas que compõem o Alto Comando serão informados das diretrizes do novo chefe do Exército. Tomas Paiva foi incumbido pelo Palácio do Planalto de dar andamento a investigações sobre a participação de militares nos ataques realizados no dia 8 deste mês contra prédios do Executivo, Legislativo e Judiciário, na Praça dos Três Poderes, em Brasília.
Neste domingo, um dia depois de o presidente da República conduzir a troca de comando do Exército, o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, afirmou que Lula não abre mão da punição dos responsáveis pela invasão e depredação das sedes dos três Poderes.
O ministro afirmou que não há como impedir as investigações. “Lula não vai perdoar ataques golpistas. Investigações vão até o fim”. Sobre os motivos que levaram à demissão do ex-comandante do Exército Júlio César de Arruda, Múcio afirmou ter havido quebra de confiança. “Acabou o clima de confiança e resolvemos mudar o comando”.
O general Júlio César de Arruda não estaria conseguindo contornar resistências internas às investigações sobre participação de militares e parentes nos atos antidemocráticos do dia 8.
Aliados de Lula afirmam que os ataques às sedes dos três Poderes ofereceram a ele uma oportunidade de reforçar a autoridade sobre as Forças Armadas em meio ao clima de desconfiança e hostilidade mútuas.
O presidente, relatam pessoas ligadas a ele, não gostaria de viajar à Argentina, como ocorreu na noite de ontem, sem que tivesse efetivado a troca do comando do Exército. O vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB) assumiu interinamente a presidência. Lula quis deixar resolvida a substituição do comandante do Exército.