Na primeira semana de operação do crédito consignado do Auxílio Brasil, mais de 2.000 reclamações foram relatadas por beneficiários, segundo levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec).
O instituto afirma haver denúncias de assédio de instituições financeiras e prática de venda casada. A ação do Idec foi feita entre os dias 11 e 17 de outubro. Segundo o instituto, o monitoramento passou por mais de 9.000 comentários em dez canais do YouTube, além de páginas das redes sociais Instagram e Facebook e sites de reclamação.
Nesta terça-feira (18), o Ministério Público junto ao TCU apresentou pedido de medida cautelar para que o tribunal determine à Caixa Econômica Federal que deixe de fazer novos empréstimos consignados para os beneficiários do Auxílio Brasil.
O subprocurador Lucas Furtado, que assina o documento, pede também que sejam avaliados os critérios adotados pelo banco público para a concessão, com o objetivo de impedir a sua utilização com finalidade meramente eleitoral.
Segundo o subprocurador, as medidas cautelares, se aceitas, devem valer até que o TCU se manifeste definitivamente sobre o assunto. “Venho diante do TCU externar extrema preocupação e denunciar atos praticados pela Caixa Econômica Federal, possivelmente em desvio de finalidade, que se tornaram públicos e notórios”, afirmou Lucas Furtado. Acrescentou que o pedido feito ao TCU tem o objetivo de “evitar prejuízo aos cofres daquele banco público, bem assim para reestabelecer a moralidade da administração pública”.