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Ministro Paulo Guedes diz que condições financeiras adversas reduzem perspectivas de crescimento

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O ministro da Economia, Paulo Guedes, apresentou, durante a 46ª reunião do FMI, em Washington, dados de avaliação de que as condições financeiras adversas reduzem as estimativas de crescimento na maioria das regiões do mundo.

Mas o ministro pondera que, dentro desse cenário, o Brasil tem se mostrado “à frente da curva”. Segundo Paulo Guedes, o país já colocou em prática ações oportunas e decisivas para garantir a sustentabilidade fiscal e combater a inflação.

Em sua apresentação, o ministro destacou que o Banco Central do Brasil foi um dos primeiros a reagir de forma decisiva às pressões inflacionárias. O ministro lembrou que o BC deu início a seu ciclo de aperto monetário em março de 2021.

Paulo Guedes voltou ontem, quarta-feira, a criticar o relatório do FMI que atualiza as projeções fiscais para o Brasil. Para o fundo, o país deve terminar 2022 com a dívida pública em torno de 88,2% do PIB e atingir 88,9% em 2023.

O banco ampliou a projeção de crescimento do PIB brasileiro em 2022 para 2,8%. Na estimativa anterior (feita em julho) a taxa de crescimento era de 1,7%. Mas a economia do Brasil deverá crescer abaixo da média global da média da América Latina e da média de países em desenvolvimento, segundo previsão do fundo.

Segundo o ministro, as projeções vão depender muito do que for feito internamente. “Se acelerarmos os programas de privatização, fizermos nossas reformas que vamos seguir fazendo, eles vão errar de novo. É o que eu disse ontem (terça). Talvez eles estejam achando que o outro candidato (Lula) vai ganhar. Aí, as previsões estão certas”.

O ministro explica que o FMI enfrenta “problemas técnicos” quando faz análises sobre o Brasil. “(Eles) não estão vendo os tsunamis de investimentos privados que estão vindo do outro lado, só olham para investimentos públicos e acham que o Brasil não tem capacidade de crescimento. Por isso eles estão se surpreendendo o tempo inteiro”.

“Nós estamos crescendo mais”, continuou Paulo Guedes, “a estrutura da economia já mudou e o Brasil está com recorde de transações internacionais, temos o maior superávit da história, o maior ritmo de investimento direto. Os técnicos de qualidade vão ter que recalibrar os seus modelos”, disse.

O ministro falou com a imprensa após reunião com analistas e investidores internacionais organizada pela JP Morgan, um dos maiores bancos do mundo, que aproveita evento do FMI em Washington, para reunir autoridades.

Paulo Guedes fez uma apresentação para os participantes da reunião sobre o Brasil. Disse que eles “estão bem surpreendidos pelos números, com a inflação brasileira caindo, geração de empregos aumentando, o crescimento sendo revisto para cima o tempo inteiro, e o Brasil se tornando realmente uma opção de investimentos”. Os investidores estariam examinando a possibilidade de novos investimentos no Brasil, afirmou o ministro.

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