Com o retorno do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Brasil na próxima segunda-feira, há uma grande expectativa dos partidos do centrão para que sejam feitas as indicações à Esplanada dos Ministérios. Um dos principais interlocutores de Lula no governo, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, já sinalizou que a reforma ministerial deve começar quando o presidente retornar da viagem à África.
Padilha confirmou que a decisão de fazer a reforma ministerial no segundo semestre já foi tomada e que há um diálogo em andamento com o Progressistas e o Republicanos para a indicação de nomes. “São bancadas que já têm contribuído com o governo, e nós temos todo o interesse em reforçar nossa equipe para o segundo semestre, escalando-os para fazer parte do time titular do segundo tempo”, disse.
O tema parece trazer desconforto aos partidos da base do governo – PT e PSB, que demonstram resistência em ceder os Ministérios aos partidos do centrão. Enquanto isso, os PP e Republicanos parecem estar ansiosos em conhecer os ministérios que André Fufuca (PP) e Silvio Costa Filho (Republicanos) deverão ocupar no governo. Os nomes já foram confirmados por Padilha.
Desde o início do governo, apenas duas mudanças foram feitas na composição ministerial. O primeiro a deixar o cargo foi o general Gonçalves Dias, que até então estava à frente do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Ele pediu demissão após o dia 8 de janeiro. A segunda foi a ex-ministra do Turismo, Daniela Carneiro (União-RJ), que saiu para ceder o lugar ao atual ministro do Turismo, Celso Sabino (União-PA).