Leilão de Energia Nova, para início de geração em 2027 (A-5), realizado na sexta-feira (14) negociou R$ 6,6 bilhões em contratos, com previsão de investimentos de R$ 2,95 bilhões.
Segundo estimativa da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) os empreendimentos contratados têm potencial de geração de 20 mil empregos durante o período de implantação. Serão 22 usinas em nove estados.
Mas, houve baixa contratação por parte das distribuidoras. Além disso, a redução do crescimento da economia, a abertura do mercado livre de energia e o crescimento da geração própria de energia (geração distribuída) contribuem para colocar em xeque o atual modelo do setor elétrico. Das 54 distribuidoras que atendem o país, apenas a Cemig e a Celpa contrataram energia para repor o portfólio.
O Ministério de Minas e Energia avalia mudanças nos leilões, como menores prazos para os contratos. Para o leilão feito na sexta-feira, os projetos que venderam energia deverão iniciar o suprimento em 1º de janeiro de 2027, com prazos contratuais variando de 15 a 20 anos, a depender da fonte.
O leilão negociou 176,8 MW de energia. O preço médio da contratação a partir das fontes eólica e solar, ficou em torno de R$ 173,00/MWh, 25% inferior ao preço médio dos contratos. A hidrelétrica foi a fonte com maior número de empreendimentos contratados (doze), dos quais nove são pequenas centrais (PCHs). As usinas serão construídas nos estados de Santa Catarina, Goiás, Paraná e Mato Grosso.
Os preços ofertados ficaram, em média, 26,38% abaixo do teto do leilão. O maior deságio ocorreu em relação aos projetos de usinas de biomassa, que ofereceram preços 40% menores do que o teto. As usinas solares foram contratadas por valores 38,78% abaixo do preço máximo. A energia eólica foi negociada por valores 26,9% menores do que previsto no edital.
As hidrelétricas ofereceram preço 20,46% abaixo do teto. No caso das usinas térmicas usando como fonte resíduos sólidos urbanos o preço foi praticamente igual ao máximo, com deságio de apenas 0,01%.