A corrida eleitoral deste ano foi assunto central de conversa com Gilberto Kassab, presidente do PSD, em evento promovido na manhã desta segunda-feira (16) pela Arko Advice e o Traders Club, em São Paulo. Durante o encontro, o ex-prefeito afirmou que não enxerga na terceira via uma solução para as siglas. “Pode haver como uma solução do eleitor para viabilizar um nome ou outro”, disse.
Kassab adiantou também que não haverá apoio formal do partido a nenhum candidato no primeiro turno, e reconheceu que o ex-presidente Lula é o favorito nas pesquisas para ganhar a disputa à presidência: “Pode mudar, mas hoje é o favorito”.
Veja outros pontos importantes da conversa:
Congresso deverá ter menos partidos
Kassab afirmou que enxerga o próximo Congresso com menos partidos, o que facilita a governabilidade. “Temos que proibir a coligação na eleição majoritária e definir melhor o uso de recursos públicos.
‘A eleição nacional puxa a estadual, não o contrário’
“Nos estados a polarização está sendo acompanhada pelo que acontece no plano federal”. De acordo com ele, o palanque nacional ajuda muito mais o palanque estadual do que o contrário. “Por isso, o Lula puxa o Haddad em São Paulo. O Tarcísio mal começou e já tem 10%”.
Combustíveis
De acordo com Kassab, “é preciso haver uma política de estabilização de preços dos combustíveis, caso contrário teremos um caos”. “Esse governo não tem tido competência para encontrar uma solução. A questão é de curto prazo”.
Para o ped, a discussão sobre a privatização da Petrobras tem que ser feita muito cuidado. “Há uma questão até emocional. Mas eu não sou contra a discussão.”
Teto de gastos
Kassab afirmou que o teto de gastos é um acerto de Bolsonaro e um erro de Lula. “Sou a favor do teto de gastos”. “O teto trouxe estabilidade. O Lula estaria bem melhor se não cometesse alguns erros, e o teto é um deles”.