Morreu na madrugada desta sexta-feira (5) o humorista Jô Soares, aos 84 anos, no hospital Sírio Libanês, em São Paulo, onde se encontrava internado desde o dia 28 de julho. A causa da morte não foi revelada.
José Eugênio Soares nasceu no Rio de Janeiro em 16 de janeiro de 1938. Era o único filho do empresário Orlando Heitor Soares e de Mercedes Leal Soares, dona de casa.
Jô estudou na Suíça e nos Estados Unidos, falava seis línguas e abandonou o plano de ser diplomata para se dedicar à vida artística. Interpretou dezenas de personagens, criou bordões e apresentou o mais conhecido programa de entrevistas da TV brasileira.
Foi ator de teatro, cinema e televisão, além de dramaturgo, roteirista, diretor e escritor, tendo deixado, pelo menos, dez livros. Casou-se três vezes, com as atrizes Tereza Austragésilo e Silvia Bandeira e com a designer gráfica Flavia Junqueira. Com a última, brincava que vivia uma separação que não deu certo. Os dois ficaram muito amigos. Jô teve um filho, Rafael, morto em 2014, aos 50 anos.
O artista entrou na TV Globo em 1970, como protagonista do programa “Faça Humor, Não Faça Guerra”. Já havia passado pelos canais Continental, Rio, Tupi, Excelsior e Record. Atuou, por exemplo, no clássico “Família Trapo”. No ano 2000, estreou o “Programa do Jô” que ficou no ar até 2016. Depois de milhares de entrevistas, Jô Soares despediu-se do programa ao lado do de outro humorista, o cartunista Ziraldo, seu último entrevistado. Em 2015, o advogado e cientista político, Murillo de Aragão, foi um dos entrevistados.
A ex-mulher Flavia Junqueira escreveu no Instagram: “aqueles que através dos seus mais de 60 anos de carreira tenham se divertido com seus personagens, repetido seus bordões, sorrido com a inteligência afiada desse vocacionado comediante, celebrem, façam um brinde à sua vida”.
O corpo do humorista deixou o hospital Sírio Libanês por volta de 10h30, sem que fosse divulgado o local onde seria realizado o velório, restrito a amigos e familiares.