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Interventor no DF disse que manifestações de domingo foram “operação de sabotagem”

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O interventor da segurança pública do Distrito Federal, Ricardo Cappelli, afirma que o governo não tinha motivo para desconfiar de que o GDF não conteria os manifestantes. Cappelli, que era secretário-executivo do Ministério da Justiça, afirma que o governo federal acreditou nas informações recebidas.

“Vamos ter que apurar porque isso chegou errado”, disse. Ele afirmou que assumiu uma secretaria acéfala e que irá buscar os profissionais que trabalhavam na pasta até o dia 1º de janeiro, mas que foram exonerados por Anderson Torres, antes de ele viajar para os Estados Unidos.

Para o interventor, as manifestações de domingo (8) foram possíveis por causa da “operação de sabotagem” nas forças de segurança locais, que foi promovida pelo então secretário Anderson Torres. Capelli acusa Torres de deixar as forças de segurança do Distrito Federal sem liderança, pois trocou todo o seu comando e depois “fugiu para o exterior”.

O Ministério Público junto ao TCU pediu ontem a indisponibilidade de bens do ex-presidente Jair Bolsonaro, do governador afastado do DF, Ibaneis Rocha, e do ex-secretário de Segurança do DF Anderson Torres pelos ataques golpistas do domingo. O processo está com o ministro Vital do Rêgo.

O pedido é assinado pelo sub-procurador-geral do órgão, Lucas Rocha Furtado, que também menciona no pedido de bloqueio “sobretudo de financiadores de mencionados atos ilegais”. O TCU avalia responsabilizar Ibaneis Rocha e Anderson Torres pela depredação de prédios públicos durante os ataques.

O novo diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, tomou posse ontem e pregou mudanças na instituição. Afirmou que não irá permitir projetos pessoais nem se sujeitar a pressões externas. “Não permitiremos que projetos pessoais, interferência ou pressão de agentes públicos, grupos ou holofotes da mídia pautem qualquer ação institucional”.

Avisou que nenhum desvio de finalidade será tolerado, “porque só assim teremos uma Polícia Federal resistente a pressões do momento, pautada pela Constituição Federal e sempre comprometida com a verdade. Nossa atuação será sempre pautada pelo estrito cumprimento da lei e pelos princípios do estado democrático de direito”.

 

Indícios de sabotagem

Três torres de transmissão de energia elétrica foram derrubadas ontem, de acordo com informações da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Os casos foram registrados no Paraná e em Rondônia. Relatório aponta “indícios de vandalismo”. Não houve suspensão no fornecimento de energia. Mas, por precaução, o governo criou um gabinete de crise para acompanhar a situação, sob coordenação da Aneel.

Nos próximos 15 dias, as empresas concessionárias das linhas de transmissão devem encaminhar informações à agência reguladora sobre qualquer ato ou tentativa de ataques às instalações físicas ou à segurança cibernética dos ativos. No Paraná, uma torre que leva energia da hidrelétrica binacional de Itaipu à subestação de Ibiúna, em São Paulo, foi derrubada a 50 quilômetros da subestação de Furnas e outras três torres sofreram danos.

No boletim encaminhado à Aneel, a empresa concessionária da linha informou que não houve sucesso nas tentativas de religamento, mas há indícios de vandalismo. “Não foram identificadas condições climáticas adversas que possam ter causado a queda de torres”, relatou.

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