Petroleiras estrangeiras manifestaram interesse no leilão dos excedentes da cessão onerosa, previsto para ser realizado em 17 de dezembro. Representantes do governo estiveram nos Estados Unidos no mês passado para apresentar a investidores as oportunidades nos setores de petróleo e gás no Brasil.
O secretário executivo adjunto do Ministério de Minas e Energia, Bruno Eustáquio, informou em evento on-line promovido pela Fundação Getulio Vargas (FGV) na semana passada, que grandes grupos participaram das conversas, caso de ExxonMobil, Total E&P, Ecopetrol e Cnooc.
O secretário destacou ainda que o volume a ser oferecido no certame corresponde a 12% das reservas nacionais. Com isso, este deve ser o maior leilão do setor no mundo entre o segundo semestre de 2021 e o primeiro de 2022. As estimativas são de que as áreas ofertadas podem gerar R$ 204 bilhões em investimentos nos próximos 30 anos, além de R$ 155 bilhões em pagamentos de tributos, com previsão de geração de 110 mil empregos.
Em leilão realizado em 2019, a Petrobras arrematou os excedentes da área de Búzios com 90% de participação, em parceria com as chinesas Cnodc e Cnooc, e ainda levou, sozinha, o bloco de Itapu. As áreas de Atapu e Sépia não receberam propostas e voltam a ser ofertadas. O governo vem trabalhando para aumentar a atratividade dessas áreas.
Início de produção
A Pré-Sal Petróleo (PPSA) anunciou o início da produção dos volumes excedentes da cessão onerosa do Campo de Búzios, no pré-sal da Bacia de Santos, em regime de partilha de produção. Para a empresa, vinculada ao Ministério de Minas e Energia, a atividade, que ocorrerá de forma coparticipada com o contrato de cessão onerosa, dará à União direito a uma parcela da produção pelos próximos 35 anos.
Localizado a 180 quilômetros da costa brasileira, Búzios é o maior campo de petróleo em águas profundas que se conhece. É um ativo de classe mundial, com petróleo de ótima qualidade, reservas substanciais, baixo risco e baixo custo de extração.
A operação aumentará a arrecadação com a exploração de petróleo no Polígono do Pré-Sal. Pelas estimativas, a produção inicial destinada à União, como excedente em óleo, deve atingir perto de 6 mil barris por dia já nos primeiros meses, aumentando o número de barris ao longo dos anos.